🧩 Box de Factos

  • 🏢 Tema: O desperdício estrutural da RTP e da TAP
  • 💸 Foco: Dinheiro público gasto em empresas ineficientes e politizadas
  • 📉 Consequência: Menos investimento em saúde, educação e ciência
  • ⚠️ Proposta: Privatização imediata e despartidarização do espaço público

RTP e TAP: As Fogueiras do Dinheiro Público

Dinheiro público a arder — símbolo da RTP e TAP

"Um país que financia empresas falidas e abandona hospitais e escolas não governa — desgoverna-se."

O Estado que se alimenta de si mesmo

Portugal é um país de contradições crónicas: corta na saúde, raciona a educação, mas mantém de pé empresas públicas que há décadas são sorvedouros de recursos. A RTP e a TAP são monumentos vivos da ineficiência institucional — templos do desperdício e da vaidade política.

A RTP custa centenas de milhões por ano aos contribuintes e continua a servir de caixa de ressonância ao poder. O que se anuncia como "serviço público" é, na verdade, um teatro de favores: comentadores partidários, entretenimento vazio e uma criatividade que morreu com o último realizador independente. A cultura que deveria iluminar o país tornou-se anestesia de massas.

TAP — o eterno regresso ao desastre

Depois de sucessivas nacionalizações e privatizações, a TAP permanece um poço sem fundo. Gasta-se, reestrutura-se, promete-se, e tudo recomeça — um ciclo de incompetência alimentado por governos que a tratam como símbolo nacional, quando é apenas símbolo do desperdício nacional. As elites políticas usam-na como brinquedo corporativo, enquanto os contribuintes pagam o bilhete de primeira classe.

"A TAP é o altar onde o Estado português queima o dinheiro dos contribuintes — e a RTP é o púlpito onde explica que o sacrifício é inevitável."

A conta que falta pagar

Enquanto se despejam milhões nestas estruturas caducas, os hospitais esperam meses por equipamentos, e as escolas funcionam com infraestruturas dignas de um país em pré-modernidade. O dinheiro não falta — apenas é mal usado. A cada avião deficitário e a cada talk show inútil, perde-se um centro de saúde, uma biblioteca, um laboratório, um futuro.

O que fazer

Privatizar não é vender o país — é libertá-lo da doença crónica do Estado-empresário. A RTP e a TAP devem seguir o destino que a lógica impõe: deixar de ser propriedade política e passar a servir o público por mérito, não por decreto. Um governo sério e livre deveria investir onde o retorno é humano — na saúde, na educação, na cultura verdadeira — e não em empresas que apenas perpetuam o compadrio e a ilusão de serviço público.

O povo não precisa de aviões com bandeira — precisa de dignidade, médicos e professores. O Estado não precisa de canais — precisa de consciência.

Escrito por Francisco Gonçalves — publicado em Fragmentos do Caos.
Série: Contra o Teatro da Mediocridade

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