TAP: O Fetiche Estratégico de Quem Vive da Máquina do Estado 2025-11-20 A defesa ideológica da TAP por partidos da esquerda tornou-se mais ritual político do que interesse nacional. Fragmentos do Caos http://www.fragmentoscaos.eu/wp-content/uploads/2025/11/file_00000000ead4720aab7949b1d390636c.png

BOX DE FACTOS

  • A TAP já custou milhares de milhões aos contribuintes ao longo de décadas.
  • O discurso político insiste no "ativo estratégico" sem provas de benefício real.
  • Privatizações anteriores falharam porque o Estado nunca largou o controlo.
  • Sindicatos e nomeações políticas mantêm a companhia como reduto de poder.

TAP: O Fetiche Estratégico de Quem Vive da Máquina do Estado

PS e extrema-esquerda repetem há décadas o mantra de que a TAP é "estratégica para Portugal". Mas estratégica para quem? Para o Estado capturado — ou para os portugueses que pagam a fatura?

O teatro ideológico do "ativo estratégico"

Quando a esquerda política se levanta em coro para defender a TAP, não o faz em nome dos portugueses — faz em nome da máquina de que depende. É um ritual político repetido como missa antiga: a TAP é nacional, é estratégica, é indispensável. A verdade é mais prosaica, e mais sombria: A TAP é indispensável para quem nela deposita poder, influência, cargos, controlo, agendas e clientelas. Não para o país. Enquanto milhões de portugueses enfrentam salários baixos, serviços públicos em decadência e impostos sufocantes, o Estado continua a financiar uma companhia aérea que nunca foi sustentável por mérito próprio.

A TAP vive dos portugueses — não é para os portugueses

Nenhum outro setor privado seria autorizado a acumular tantos prejuízos, tantos escândalos, tantas indemnizações e tantos resgates… sem consequências. Mas a TAP tem um escudo: o escudo ideológico. É apresentada como guardiã da diáspora, dos emigrantes, da ligação ao mundo. Mas todas as companhias voam para onde há lucro. Não é patriotismo — é mercado. E quando o mercado não quer… quem paga é o povo.

Privatização: o medo de perder o brinquedo político

A extrema-esquerda e parte do PS levantam agora o espantalho: "Privatizar é perigoso!" "Privatizar é entregar soberania!" "Privatizar é destruir um ativo nacional!" A pergunta é simples: Que soberania é esta que custa milhares de milhões em impostos? Que soberania é esta que serve partidos e não cidadãos? Que ativo é este que dá prejuízo sucessivo há décadas? O perigo da privatização não é económico. É político. Privatizar significa perder um instrumento de poder — e isso, sim, assusta quem vive da máquina estatal.

A TAP é o altar onde se sacrificam impostos

Ao longo de anos, a companhia aérea funcionou como um laboratório de má gestão, um poço sem fundo, um parque de diversões para egos partidários, e um porto seguro para nomeações. É isto um ativo estratégico? Ou um fardo estratégico?

O país real já não acredita no mito

Enquanto políticos recitam slogans velhos, os portugueses fazem contas novas. Sabem que: - Se a TAP cair, outras empresas voam. - Se a TAP sobrar, o contribuinte paga. - Se a TAP mudar de mãos, o país não se apaga do mapa. O povo já percebeu. Os partidos é que não querem perceber — porque não lhes convém.

Portugal precisa de futuro, não de fetiches

Um país moderno investe em ciência, tecnologia, educação, indústria exportadora. Não em mitos. Não em bandeiras gastas. Não em símbolos vazios que drenam mais do que oferecem. O verdadeiro ativo estratégico de Portugal não é a TAP. É libertar-se dela.
A TAP não é o coração do país. É apenas um tumor político benigno na forma, maligno na despesa e eterno na recidiva. O dia em que o país tiver coragem para remover este fetiche estatal será o dia em que Portugal poderá finalmente levantar voo — sem correntes ideológicas a prender-lhe as asas.
Artigo de Francisco Gonçalves
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