Quando o Brasil Faz o que Portugal Nunca Teve Coragem de Fazer
Publicado em 2025-11-20 16:52:33

Quando o Brasil Faz o que Portugal Nunca Teve Coragem de Fazer
2025-11-20
2025-11-20
A prisão do banqueiro Vorcaro no Brasil expõe o contraste brutal com a impunidade dos banqueiros portugueses.
Francisco Gonçalves & Augustus Veritas
Fragmentos do Caos
http://www.fragmentoscaos.eu/wp-content/uploads/2025/11/fc_logo_round.png
http://www.fragmentoscaos.eu/wp-content/uploads/2025/11/file_000000006af871f59338778673f1604f.png
prendeu o banqueiro antes de ele levantar voo.
Literalmente.
Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, foi apanhado pela Polícia Federal no momento em que entrava no seu jato Gulfstream, rumo a Malta e depois aos Emirados.
A investigação já seguia o rasto ao esquema fraudulento que movimentou milhares de milhões — e quando viram risco de fuga, não hesitaram.
Enquanto isso, em Portugal, um banqueiro tentar fugir num jato particular seria tratado como…
um cidadão que "merece o benefício da dúvida".
BOX DE FACTOS
- O Brasil prendeu o banqueiro Daniel Vorcaro no próprio aeroporto, antes de fugir num jato privado.
- A operação "Compliance Zero" investiga fraudes de milhares de milhões.
- Directores, sócios e património foram imediatamente bloqueados.
- Em Portugal, banqueiros envolvidos em escândalos continuam livres e activos.
Quando o Brasil Faz o que Portugal Nunca Teve Coragem de Fazer
A detenção de um banqueiro brasileiro em fuga expõe uma verdade desconfortável: o Brasil prende quem rouba o país. Portugal deixa fugir, prescreve, arquiva e saúda da varanda os banqueiros que o destruíram.
O golpe no aeroporto: justiça que actua, não que assobia para o lado
O Brasil fez aquilo que Portugal nunca ousou fazer:O Brasil prendeu o banqueiro. Portugal dá-lhe tempo para escrever memórias.
O contraste é brutal. No Brasil: - prisão preventiva, - bloqueio de bens, - captura de sócios e directores, - liquidação da instituição, - investigação sobre ligações políticas. Em Portugal: - banqueiros fogem para Londres, - regressam para jantar com ministros, - são consultores de campanhas, - escrevem livros sobre "a sua verdade", - e ainda são tratados pelos media como "senhores respeitáveis". Aqui, quem destrói bancos públicos e privados continua a circular com a mesma tranquilidade de quem avia uma bica em Cascais.A justiça portuguesa vive com medo de mexer nos donos do país
O caso Vorcaro mostra uma estrutura policial e judicial que não teme nomes poderosos. Já em Portugal, o colarinho branco vive num berço de veludo: - processos que duram uma década; - pedidos de extradição que chegam tarde; - investigações que se perdem no labirinto; - juízes que recuam diante de advogados milionários; - políticos que protegem quem os financiou. Não há risco de fuga? Não há perturbação do processo? Não há perigo para a economia? Há, sim. Mas a justiça portuguesa prefere não ver. Prefere ser simpática com quem tem helicópteros, falcões privados e contas lá fora.Se Portugal fosse Brasil…
Se Portugal tivesse metade da coragem judicial brasileira, a fotografia do país seria outra. - Salgado teria sido preso na pista da Portela, não nos corredores da SIC. - Administradores da CGD teriam sido detidos antes de assinarem créditos tóxicos. - O BPN não teria desaparecido dentro de um buraco de 8 mil milhões. - Os responsáveis do Banif não teriam evaporado responsabilidades, fugas de capitais e fraudes - O Montepio não teria sido tratado como "questão sensível". Mas em Portugal, os banqueiros são personagens míticos: intocáveis, imunes, sagrados.A coragem que faltou a Portugal sobrou ao Brasil
E isso é talvez o ponto mais doloroso: num país onde o crime organizado tem força, onde a política é muitas vezes turbulenta, onde a economia vive sob tensão — mesmo aí a justiça teve a bravura que falta à nossa. Porque a verdade nua é esta: No Brasil, o banqueiro tem medo da Polícia Federal. Em Portugal, a Polícia Judiciária tem medo do banqueiro.
O Brasil deu o exemplo.
Portugal continua a dar desculpas.
E até o dia em que alguém aqui faça o que eles fizeram lá — prender antes de fugir, investigar antes de ruir, agir antes de prescrever — continuaremos a ser o país onde os banqueiros são reis e o povo paga o banquete.
Em suma, um país de banqueiros janotas, que se recusam a pagar impostos e defraudam Portugal e os portugueses, sem qualquer tipo de consequências.
Resta saber até quando estarão os portugueses dispostos a suportar esta pilhagem voraz da erário publico, sempre protagonizado por elites corruptas e poderes déspotas.
Escrito por Francisco Gonçalves & Augustus Veritas
Co-autoria editorial · Fragmentos do Caos
Co-autoria editorial · Fragmentos do Caos