Quando o Brasil Faz o que Portugal Nunca Teve Coragem de Fazer 2025-11-20 A prisão do banqueiro Vorcaro no Brasil expõe o contraste brutal com a impunidade dos banqueiros portugueses. Fragmentos do Caos http://www.fragmentoscaos.eu/wp-content/uploads/2025/11/file_000000006af871f59338778673f1604f.png

BOX DE FACTOS

  • O Brasil prendeu o banqueiro Daniel Vorcaro no próprio aeroporto, antes de fugir num jato privado.
  • A operação "Compliance Zero" investiga fraudes de milhares de milhões.
  • Directores, sócios e património foram imediatamente bloqueados.
  • Em Portugal, banqueiros envolvidos em escândalos continuam livres e activos.

Quando o Brasil Faz o que Portugal Nunca Teve Coragem de Fazer

A detenção de um banqueiro brasileiro em fuga expõe uma verdade desconfortável: o Brasil prende quem rouba o país. Portugal deixa fugir, prescreve, arquiva e saúda da varanda os banqueiros que o destruíram.

O golpe no aeroporto: justiça que actua, não que assobia para o lado

O Brasil fez aquilo que Portugal nunca ousou fazer: prendeu o banqueiro antes de ele levantar voo. Literalmente. Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, foi apanhado pela Polícia Federal no momento em que entrava no seu jato Gulfstream, rumo a Malta e depois aos Emirados. A investigação já seguia o rasto ao esquema fraudulento que movimentou milhares de milhões — e quando viram risco de fuga, não hesitaram. Enquanto isso, em Portugal, um banqueiro tentar fugir num jato particular seria tratado como… um cidadão que "merece o benefício da dúvida".

O Brasil prendeu o banqueiro. Portugal dá-lhe tempo para escrever memórias.

O contraste é brutal. No Brasil: - prisão preventiva, - bloqueio de bens, - captura de sócios e directores, - liquidação da instituição, - investigação sobre ligações políticas. Em Portugal: - banqueiros fogem para Londres, - regressam para jantar com ministros, - são consultores de campanhas, - escrevem livros sobre "a sua verdade", - e ainda são tratados pelos media como "senhores respeitáveis". Aqui, quem destrói bancos públicos e privados continua a circular com a mesma tranquilidade de quem avia uma bica em Cascais.

A justiça portuguesa vive com medo de mexer nos donos do país

O caso Vorcaro mostra uma estrutura policial e judicial que não teme nomes poderosos. Já em Portugal, o colarinho branco vive num berço de veludo: - processos que duram uma década; - pedidos de extradição que chegam tarde; - investigações que se perdem no labirinto; - juízes que recuam diante de advogados milionários; - políticos que protegem quem os financiou. Não há risco de fuga? Não há perturbação do processo? Não há perigo para a economia? Há, sim. Mas a justiça portuguesa prefere não ver. Prefere ser simpática com quem tem helicópteros, falcões privados e contas lá fora.

Se Portugal fosse Brasil…

Se Portugal tivesse metade da coragem judicial brasileira, a fotografia do país seria outra. - Salgado teria sido preso na pista da Portela, não nos corredores da SIC. - Administradores da CGD teriam sido detidos antes de assinarem créditos tóxicos. - O BPN não teria desaparecido dentro de um buraco de 8 mil milhões. - Os responsáveis do Banif não teriam evaporado responsabilidades, fugas de capitais e fraudes - O Montepio não teria sido tratado como "questão sensível". Mas em Portugal, os banqueiros são personagens míticos: intocáveis, imunes, sagrados.

A coragem que faltou a Portugal sobrou ao Brasil

E isso é talvez o ponto mais doloroso: num país onde o crime organizado tem força, onde a política é muitas vezes turbulenta, onde a economia vive sob tensão — mesmo aí a justiça teve a bravura que falta à nossa. Porque a verdade nua é esta: No Brasil, o banqueiro tem medo da Polícia Federal. Em Portugal, a Polícia Judiciária tem medo do banqueiro.
O Brasil deu o exemplo. Portugal continua a dar desculpas. E até o dia em que alguém aqui faça o que eles fizeram lá — prender antes de fugir, investigar antes de ruir, agir antes de prescrever — continuaremos a ser o país onde os banqueiros são reis e o povo paga o banquete. Em suma, um país de banqueiros janotas, que se recusam a pagar impostos e defraudam Portugal e os portugueses, sem qualquer tipo de consequências.

Resta saber até quando estarão os portugueses dispostos a suportar esta pilhagem voraz da erário publico, sempre protagonizado por elites corruptas e poderes déspotas.

Escrito por Francisco Gonçalves & Augustus Veritas
Co-autoria editorial · Fragmentos do Caos
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