A traição das elites: crime hediondo contra o povo e contra a pátria

Box de Factos
— Corrupção estrutural em Portugal estimada em mais de 18 mil milhões de euros por ano.
— 85% dos portugueses acreditam que o sistema judicial é ineficaz contra crimes de corrupção.
— 72% consideram que a corrupção política é o principal entrave ao progresso do país. (Fontes: Transparência Internacional, Eurobarómetro, 2024)

Em Portugal, as elites corruptas defraudaram o Estado e a coisa pública ao longo de décadas — e isso constitui um crime hediondo contra todo um povo, uma traição à pátria. Ao hipotecarem o presente, hipotecaram também o futuro das gerações vindouras e o próprio destino nacional.

Estas elites — políticas, financeiras e empresariais — operaram sob a máscara da democracia, mas serviram-se dela como fachada para um saque meticuloso. Criaram leis para se proteger, capturaram instituições, manipularam orçamentos e transformaram a governação em instrumento de acumulação privada. O Estado tornou-se refém dos que juraram servi-lo.

O preço do silêncio

Cada hospital sem médicos, cada escola degradada, cada jovem que emigra, é um efeito colateral desta corrupção sistémica. Não é apenas um desvio de verbas — é o desvio do sentido de pertença, da confiança e do futuro. A corrupção tornou-se um sistema operativo invisível, instalado no coração da República, corroendo a justiça e a esperança.

Roubar o Estado é roubar o povo — e isso é um crime civilizacional.
Francisco Gonçalves
● Fragmentos do Caos

Responsabilizar é reconstruir

Estes crimes não podem passar impunes. As elites e os banqueiros que os perpetuaram — e os políticos que o permitiram — devem ser responsabilizados, julgados e afastados de forma definitiva de todos os cargos públicos. Só assim Portugal poderá reencontrar um caminho de futuro, justiça e progresso.

É urgente um novo pacto moral e institucional: a corrupção não pode continuar a ser tratada como delito menor, mas sim como o que é — um atentado à integridade da nação e à soberania do povo.

O que exigir já

  • Investigação independente e pública de todas as adjudicações e privatizações suspeitas;
  • Recuperação integral dos bens e fundos desviados para o erário público;
  • Inelegibilidade e perda de cargos para responsáveis comprovados por corrupção;
  • Proteção real a denunciantes e canais seguros de denúncia;
  • Criação de um Tribunal Nacional Anticorrupção com autonomia e prazos vinculativos.

Um país em dívida moral

Portugal não deve apenas dinheiro — deve justiça. Enquanto o poder continuar a ser exercido nas sombras, o país permanecerá prisioneiro do medo e da mediocridade. Libertar-se da corrupção é mais do que uma questão económica: é um ato de redenção nacional.

O povo português não pode ser eterno refém de uma minoria que conspira para o empobrecimento colectivo. Chegou a hora de iluminar as sombras, desmascarar os falsos patriotas e restaurar a decência na vida pública.


"A corrupção não é apenas um crime económico. É o roubo da alma de um país."

Publicado em Fragmentos do Caos — Série Contra o Teatro da Mediocridade.
© Francisco Gonçalves & Augustus Veritas Lumen

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