O Roubo Perfeito: Quando o Estado Serviu o Ladrão

Portugal: Sócrates e o Maior Roubo Desde 1143
Crónica da Cleptocracia Nacional
Há nomes que não merecem o esquecimento — merecem ser gravados a cinzel de vergonha nas páginas da História. José Sócrates é um deles. O homem que prometeu modernizar Portugal e acabou por o transformar num laboratório de corrupção política e moral. O julgamento da Operação Marquês volta a expor o que todos sabíamos: o país foi saqueado com selo de legalidade e perfume de socialismo.
Em tribunal, o ex-ministro das Finanças Luís Campos e Cunha afirmou que, "desde o início", Sócrates insistiu para colocar Armando Vara na administração da Caixa Geral de Depósitos — o templo do dinheiro público. Nada de ilegal, dirão os doutos. Mas profundamente imoral, responde a consciência. O velho vício português do jobs for the boys voltou a subir ao altar do poder.
Vara e Sócrates, dupla inseparável na arte do favor, aparecem novamente ligados por milhões que deslizaram discretamente das contas de Vale do Lobo para os bolsos certos. Dois milhões de euros — troco de luxo para quem via o Estado como um balcão de negócios privados. O mesmo Estado que hoje continua a falir serviços, hospitais, e vidas, mas nunca a falhar nos privilégios dos seus senhores.
Portugal assistiu, anestesiado, a este teatro obsceno: o primeiro-ministro a indicar o vice da Caixa, o vice a assinar os favores certos, e a roda a girar com a música da impunidade. A corrupção, aqui, não é exceção — é método. O sistema protege os seus como um clã feudal. E quando o povo finalmente acorda, já o ouro foi derretido e transformado em prémios de carreira.
Não há helicópteros do INEM, não há médicos, não há juízes independentes — mas há sempre cofres para abrir e tapetes vermelhos para pisar. O país que nasceu em 1143 foi conquistado novamente, desta vez por dentro. E os invasores não vieram de Castela — vieram das universidades, dos gabinetes, das juventudes partidárias e das mordomias do regime.
"Portugal não foi roubado — foi vendido por fatias, em jantares de gala e almoços de domingo."
📜 Série Contra o Teatro da Mediocridade
Por Francisco Gonçalves & Augustus Veritas Lumen
Publicado em Fragmentos do Caos