O Grande Roubo: Como a Banca Destruiu Portugal e Deixou o Povo com a Fatura Um ensaio filosófico e histórico sobre o colapso bancário português entre 2008 e 2025, onde desapareceram mais de 40 mil milhões de euros numa teia de incompetência, fraude e captura do Estado. 2025-11-18 Fragmentos do Caos https://www.fragmentoscaos.eu/wp-content/uploads/2024/10/bancos-colapso.jpg

BOX DE FACTOS

  • O sistema financeiro português destruiu quase 40 mil milhões de euros em valor desde 2008.
  • O Estado gastou mais de 22 mil milhões em resgates bancários — 96% nunca recuperados.
  • BPN, BPP, BES, Novo Banco, Banif e CGD somam a maior sequência de colapsos financeiros da Europa Ocidental.
  • A supervisão falhou, a justiça tardou e o contribuinte pagou todas as contas.

O Grande Roubo: Como a Banca Destruiu Portugal e Deixou o Povo com a Fatura

Não foi azar, nem fatalismo económico. Foi um assalto sistémico: milhares de milhões evaporados, vidas destruídas, e um Estado capturado pelo poder financeiro. Portugal pagou tudo — os culpados pagaram nada.

1. O Início da Perda: Quando a Verdade se Afoga na Opacidade

Entre 2008 e 2025, Portugal assistiu ao maior assalto económico da sua história moderna. Sem armas, sem máscaras, sem furtos nocturnos. Foi um roubo a céu aberto, legitimado por relatórios, decretos e conferências de imprensa. Os bancos portugueses criaram a ilusão de riqueza durante anos, empilhando créditos duvidosos e activos tóxicos como quem constrói um castelo sobre areia movediça. Quando o chão cedeu, não foram os banqueiros que caíram — foi o país inteiro. A banca destruiu quase 40 mil milhões de euros. O Estado despejou mais de 22 mil milhões. E um país pobre ficou mais pobre ainda.

2. O Pântano Bancário: Cronologia de um Desastre Anunciado

A seguir está a anatomia completa da tragédia — os quadros que contam, em datas, valores e quedas, o que fizeram a Portugal.

🟥 BPN (2008–2010)

2008Nacionalização após fraude e contabilidade paralela3.200 M€
2010Venda por 40 M€ após prejuízo colossal

🟥 BPP (2008–2010)

2008–2009Produtos fraudulentos "garantidos"700 M€
2010Falência total

🟥 CGD (2012–2014)

2012–14Revelação das imparidades gigantes5.000 M€

🟥 BES / Universo Espírito Santo (2014)

2014Resolução do BES e criação do Novo Banco4.900 M€
2009–2014Buraco total do Grupo Espírito Santo11.800 M€

🟥 Novo Banco (2014–2023)

2014–2023Injeções e garantias do Estado e Fundo de Resolução4.000 M€

🟥 Banif (2015)

2015Resolução e venda ao Santander por 150 M€2.500 M€

3. O Golpe Final: A Destruição dos 40 Mil Milhões

Tudo somado, Portugal viu: - 40.000 milhões de euros destruídos no sistema bancário; - 22.000 milhões de euros pagos pelo Estado; - uma geração inteira a ser sacrificada no altar do resgate financeiro. Nada disto foi acaso: foi incompetência, impunidade e uma teia de poder entre bancos, política e supervisores que agiram como sacerdotes silenciosos do desastre.

4. O Povo Pagou. Os Culpados Não.

Os banqueiros reformam-se com pensões douradas. Os governos que autorizaram tudo continuam impunes. Os supervisores escreveram relatórios tardios ou omitiram factos. Os tribunais continuam a julgar processos que podem prescrever numa tácita estratégia de os ilibar. E o país? Esse ficou com menos hospitais, menos escolas, mais impostos e menos futuro.

Epílogo

Este não foi um erro — foi um modelo. Um sistema onde os lucros são privados e os prejuízos públicos. Onde o povo é sacrificado para salvar a oligarquia financeira. Onde a mediocridade e a corrupção convivem com uma democracia domesticada. E enquanto ninguém disser a verdade de forma brutal e clara, continuará tudo igual. Por isso escrevemos. Para não deixar o silêncio vencer.
Escrito por Francisco Gonçalves e Augustus Veritas, na sentinela crítica do Fragmentos do Caos.
Porque a verdade nunca prescreve e a história jamais esquece.
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