Império da Incompetência: A Era da Mediocridade em Portugal

BOX DE FACTOS
- Portugal vive uma cultura estrutural de mediocridade institucional.
- O mérito é secundário; o espetáculo e a futilidade tornaram-se critério político.
- O país substituiu políticas sérias por festivais de imagem e frivolidades mediáticas.
O Império da Incompetência: A Era da Mediocridade em Portugal
A cultura estrutural do poucochinho
Portugal habituou-se ao "serve", ao "deixa andar", ao "não faz mal". E esse ADN cultural infiltrou-se no Estado, nos partidos, nas empresas públicas, nos serviços essenciais. O país tornou-se especialista em transformar potenciais gigantes em anões administrativos.
A mediocridade deixou de ser exceção e tornou-se regra. Não se exige competência: exige-se presença, imagem, simpatia, capacidade de fazer rir ou de aparecer em selfies.
O triunfo da futilidade
Portugal sempre foi o país dos três "F": Futebol, Fado e Fátima. Mas nas últimas décadas acrescentou um quarto "F": Futilidade. E agora, graças ao atual presidente, acrescentou-se mais um:
Entre condecorações ridículas, comentários deslocados e um protagonismo cansativo, o país assiste a uma Presidência que funciona como animadora sociocultural da República — um entertainer nacional que confunde Estado com palco e cidadãos com público.
O império da incompetência
A incompetência tornou-se uma classe dirigente. Gera-se, multiplica-se, reproduz-se. Ministros sem currículo relevante, diretores sem experiência, decisores sem visão.
E enquanto isso, Portugal mantém a sua posição confortável nos rankings da cauda da Europa — como quem se resigna a viver na sombra, carregando com orgulho uma mediocridade herdada e protegida.
O povo cansado, mas já anestesiado
O povo já pouco se espanta: acordou tantas vezes desiludido que agora adormeceu desperto. A incompetência tornou-se banal, a mediocridade tornou-se rotina, e a frivolidade tornou-se a linguagem oficial do Estado.
Conclusão: Portugal merece mais
Portugal não está condenado — está adormecido. E um país adormecido desperta sempre que encontra coragem de exigir mais, de rejeitar o espetáculo e reivindicar a seriedade.
A mediocridade só vence quando os melhores se calam. E Portugal, apesar de tudo, continua a ter melhores — muitos. Falta apenas que regressem ao centro do palco.
Autor: Francisco Gonçalves — Fragmentos do Caos
"A mediocridade governa apenas quando o silêncio lhe abre caminho."