A Saga das 50 Personalidades sem Vergonha

Box de Factos:
– 50 personalidades surgem em coro nos media contra o Ministério Público.
– O motivo: escutas relacionadas com o juiz Ivo Rosa, conhecido pelo processo Sócrates.
– Estes mesmos rostos tiveram responsabilidades diretas na governação e na manutenção do sistema que hoje criticam.
– O alvo não é a verdade, mas a preservação da opacidade que os alimenta.

Portugal assistiu, mais uma vez, ao desfile dos mesmos rostos, das mesmas vozes, dos mesmos senhores do regime que, sem pudor, ergueram a indignação contra o Ministério Público. O pretexto: escutas a um juiz. O verdadeiro motivo: o medo de que a transparência desfaça o véu do sistema que sempre os protegeu.

O nome de Ivo Rosa ficará para sempre associado ao processo Sócrates e às suas decisões incompreensíveis que deixaram o país em estado de choque. Mas em vez de exigirem rigor e verdade, as "50 personalidades" decidiram gritar contra quem ousa investigar, defendendo um silêncio cúmplice que há décadas paralisa Portugal.

Não é a justiça que estas figuras defendem. Defendem a sua sobrevivência política, os compadrios que os mantêm intocáveis, a opacidade onde prosperam. O povo, esse, continua na sombra: condenado ao salário mínimo, ao desemprego, à falta de serviços públicos — consequências diretas de décadas de má governação de muitos dos que hoje aparecem indignados em horário nobre.

Quando a transparência ameaça, a opacidade grita. E grita sempre em coro, como uma irmandade de sobrevivência.

O que estas 50 vozes não percebem é que já não enganam todos. A memória dos portugueses pode ser curta, mas não é inexistente. O país lembra quem foram, o que fizeram e como deixaram um rasto de estagnação e vergonha.

Fragmentos do Caos não esquece. E não perdoa. Porque a democracia não é refúgio de elites medrosas — é um pacto com o povo. E esse pacto foi violado vezes demais.

— Francisco Gonçalves, Contra o Teatro da Mediocridade

Fragmentos do Caos

Não Esquece. Não Perdoa.

Cada mentira registada. Cada traição anotada. Cada ato de corrupção exposto.

A memória é a arma. A verdade é o escudo. O silêncio nunca será cumplicidade.
— Fragmentos do Caos, Contra o Teatro da Mediocridade
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