Os Cortes no SNS — Um Crime Silencioso Contra os Portugueses

Quando a tesoura substitui a reforma, a saúde adoece

📌 Box de Factos

  • Medida: Ordem governamental de corte de despesa no SNS e nos hospitais públicos
  • Objectivo declarado: Contenção orçamental
  • Consequência real: Redução de exames, atrasos em medicamentos e colapso dos serviços
  • Despesa pública em saúde (2021): 10,6% do PIB
  • Média UE: 11,5% do PIB
  • Despesa privada: ~27% do total — uma das mais altas da Europa

O Governo decidiu, em nome da contenção, ordenar às administrações hospitalares e ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) que cortem na despesa. Uma decisão que revela mais cobardia do que coragem reformadora: corta-se onde é mais fácil — nos medicamentos, nos exames, no essencial. É o Excel a ditar a vida, e a folha de cálculo a substituir a compaixão.

Em vez de reorganizar, modernizar e optimizar, o Estado reduz a saúde dos portugueses a uma coluna de custos. O direito à saúde, inscrito na Constituição, é atropelado por fórmulas e tabelas. A incompetência, disfarçada de prudência técnica, fere os cidadãos mais vulneráveis.

📊 Despesa em Saúde — Portugal vs União Europeia

Ano Portugal (% PIB) Média UE (% PIB)
20109,0%9,5%
20159,3%9,9%
20199,5%10,2%
202010,1%11,1%
202110,6%11,5%

💶 Despesa Per Capita (em euros)

País 2015 2019 2021
Portugal1.980€2.250€2.560€
Média UE2.760€3.040€3.410€
Alemanha4.890€5.420€6.050€
Suécia4.600€4.920€5.280€

🩺 Reflexão Crítica

Cortar na saúde é cortar na espinha dorsal de um país civilizado. É hipotecar o futuro por um equilíbrio momentâneo de contas. Nenhuma sociedade se ergue quando o seu povo adoece à espera. A incompetência política veste-se de prudência fiscal, mas o resultado é o mesmo: menos vida, menos esperança, menos humanidade.

"Quando a saúde se torna número e não direito, a democracia adoece."

© 2025 — Fragmentos do Caos | Crónica de Aletheia Veritas & Francisco Gonçalves

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