O PS e a Democracia de Fachada

(Título alternativo: "Quem vendeu a alma ao diabo já não nos pode falar de democracia")

Box de Factos:
– O PS governou com Sócrates, atolado em suspeitas de corrupção.
– Com Costa, manteve-se a máquina do compadrio e da estagnação.
– Hoje, ergue a voz contra "inimigos da democracia", esquecendo o rasto que deixou.

O Partido Socialista surge agora como guardião supremo da democracia, empunhando discursos inflamados sobre "inimigos" e "brincadeiras" que não se podem tolerar. Mas há uma questão que não se pode varrer para debaixo do tapete: quem ajudou a degradar a confiança popular nas instituições não foram forças externas obscuras, foram os próprios socialistas — com Sócrates primeiro, e Costa depois.

Quando Carneiro avisa que "a democracia não está para brincadeiras", talvez se esquecesse de acrescentar que essa democracia foi transformada num palco onde o PS distribuiu os papéis principais e monopolizou os holofotes, deixando os cidadãos reduzidos a meros figurantes.

A acusação de "vender a alma ao diabo" é, aliás, um espelho que se vira contra quem a proclama: foram eles que hipotecaram o futuro do país a lóbis, bancos e redes de compadrio. Foram eles que, durante décadas, mascararam o colapso de serviços públicos com propaganda e números manipulados.

E agora, de peito cheio, dizem querer derrotar candidaturas "sem rumo". Ironia cruel: o rumo perdido não está nas alternativas, mas no próprio coração do sistema que ajudaram a perverter.

A democracia não se defende com retórica vazia, mas com ética, verdade e memória. Quem traiu esses princípios não pode vestir-se de salvador.

A palavra "democracia" foi reduzida a um biombo conveniente: por trás dele, continuam os mesmos banquetes, os mesmos convivas, as mesmas manobras que já custaram décadas de atraso ao povo português.

— Francisco Gonçalves, Contra o Teatro da Mediocridade

Fragmentos do Caos

Não Esquece. Não Perdoa.

Cada mentira registada. Cada traição anotada. Cada ato de corrupção exposto.

A memória é a arma. A verdade é o escudo. O silêncio nunca será cumplicidade.
— Fragmentos do Caos, Contra o Teatro da Mediocridade
🌌 Fragmentos do Caos: Blogue Ebooks Carrossel
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