Os Donos e Senhores desta Canalhocracia

O PS e a Democracia de Fachada
(Título alternativo: "Quem vendeu a alma ao diabo já não nos pode falar de democracia")
– O PS governou com Sócrates, atolado em suspeitas de corrupção.
– Com Costa, manteve-se a máquina do compadrio e da estagnação.
– Hoje, ergue a voz contra "inimigos da democracia", esquecendo o rasto que deixou.
O Partido Socialista surge agora como guardião supremo da democracia, empunhando discursos inflamados sobre "inimigos" e "brincadeiras" que não se podem tolerar. Mas há uma questão que não se pode varrer para debaixo do tapete: quem ajudou a degradar a confiança popular nas instituições não foram forças externas obscuras, foram os próprios socialistas — com Sócrates primeiro, e Costa depois.
Quando Carneiro avisa que "a democracia não está para brincadeiras", talvez se esquecesse de acrescentar que essa democracia foi transformada num palco onde o PS distribuiu os papéis principais e monopolizou os holofotes, deixando os cidadãos reduzidos a meros figurantes.
A acusação de "vender a alma ao diabo" é, aliás, um espelho que se vira contra quem a proclama: foram eles que hipotecaram o futuro do país a lóbis, bancos e redes de compadrio. Foram eles que, durante décadas, mascararam o colapso de serviços públicos com propaganda e números manipulados.
E agora, de peito cheio, dizem querer derrotar candidaturas "sem rumo". Ironia cruel: o rumo perdido não está nas alternativas, mas no próprio coração do sistema que ajudaram a perverter.
A democracia não se defende com retórica vazia, mas com ética, verdade e memória. Quem traiu esses princípios não pode vestir-se de salvador.
A palavra "democracia" foi reduzida a um biombo conveniente: por trás dele, continuam os mesmos banquetes, os mesmos convivas, as mesmas manobras que já custaram décadas de atraso ao povo português.
Fragmentos do Caos
Não Esquece. Não Perdoa.
Cada mentira registada. Cada traição anotada. Cada ato de corrupção exposto.
A memória é a arma. A verdade é o escudo. O silêncio nunca será cumplicidade.