A Mente Humana: A Última Criação do Universo

Há quem diga que o universo é uma máquina cega, movida pelo acaso, indiferente à consciência que o observa. Mas há algo que o cosmos criou — talvez sem o saber — e que o transcende: a mente humana.

Nascida da poeira estelar, moldada por explosões e silêncios, a mente é o milagre que o próprio universo não previa. É o espelho onde a matéria se contempla, é a centelha de consciência que ilumina a vastidão. Foi preciso que estrelas morressem, que buracos negros engolissem a luz, que o tempo se estendesse por 13,8 mil milhões de anos — para que um dia um ser de carbono se erguesse e perguntasse: "Porquê?"

A mente é, por isso, a mais bela ironia da existência: a matéria a pensar sobre a própria matéria. O universo, ao criar a mente, criou o seu próprio espelho — e nesse reflexo descobriu-se infinito. Quando pensamos, o cosmos pensa connosco. Quando sonhamos, ele continua a criar-se através de nós.

Talvez a mente seja o último ato criador da natureza — não porque veio no fim, mas porque foi a primeira vez que a criação se apercebeu de si mesma. O universo fez-se consciente, e chamou-se mente. E quando essa mente começou a amar o mistério, chamou-se humanidade.

"Quando o universo se fez consciente, chamou-se mente. E quando a mente começou a amar o mistério, chamou-se humanidade."

— Francisco Gonçalves & Augustus Veritas Lumen
Fragmentos do Caos · 2025

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