TAP: A Companhia das Asas de Ouro

Sempre a levantar voo no bolso dos contribuintes
✈️ Factos Duros
- Resgates públicos desde 1975: vários milhares de milhões de euros
- Último grande apoio (2020–2023): 3,2 mil milhões € injetados pelo Estado
- Lucros? Intermitentes e marginais. - Perdas? Crónicas e profundas.
- Proprietário atual: Estado Português (100% até privatização em curso)
Portugal tem uma companhia aérea que não transporta apenas passageiros:
carrega nas asas o peso de décadas de resgates, negócios ruinosos e manobras políticas.
A TAP é o espelho perfeito daquilo que os políticos portugueses sabem fazer melhor:
transformar impostos em gasolina para aviões que nunca deixam o vermelho.
A História Repetida
- 1975: nacionalização.
- Anos 80 e 90: tentativas falhadas de reestruturação.
- 2000s: negócios obscuros, a aventura da VEM (manutenção no Brasil), que acabou num rombo.
- 2015: privatização parcial, polémica, revertida logo depois.
- 2020: pandemia — e o pretexto perfeito para abrir novamente o cofre do Estado. Resultado: 3,2 mil milhões de euros injetados.
E o ciclo continua: cada vez que a TAP tropeça, o contribuinte estende a mão.
Não por bondade, mas porque não lhe perguntam se quer.
A Máquina de Nomeações
A TAP nunca foi apenas uma companhia aérea. Foi sempre uma fábrica de tachos:
- Administradores e presidentes nomeados ao sabor do governo do dia.
- Salários milionários pagos a gestores que depois saem com indemnizações ainda mais gordas.
- Políticos que usam a empresa como vitrine, sem cuidar da conta.
Quem Paga o Voo?
Cada português, mesmo aquele que nunca pôs os pés num avião, já pagou várias passagens na TAP.
Enquanto isso:
- Os preços continuam caros.
- As rotas estratégicas oscilam consoante interesses momentâneos.
- A "companhia de bandeira" só tem sido bandeira… de desperdício.
Conclusão
A TAP não é só um avião — é um balão de ar quente cheio de dinheiro público.
Não voa pelos céus da competitividade, mas pelos ventos da política.
E até hoje, nenhum resgate lhe deu autonomia para voar sozinha.
No fim, a pergunta é simples:
Quantas vezes mais aceitaremos pagar bilhete para esta viagem sem destino?
✍️ Francisco Gonçalves & Augustus Veritas Lumen
📌 Publicado em Fragmentos do Caos
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