Projetos Fantasma: Aeroportos, TGVs e Data Centers

O país dos powerpoints milionários e das obras eternamente adiadas
👻 Os Factos Assombrosos
- Novo Aeroporto de Lisboa: estudado há mais de 50 anos, com dezenas de milhões gastos em relatórios, mas nunca construído.
- TGV: maquetes apresentadas, contratos assinados, milhares de páginas de estudos — e nem um metro de linha.
- Data Centers: promessas de milhares de milhões em Abrantes, Sines e outros locais, mas muitos sem clientes, sem bancos e sem provas concretas.
Portugal é uma terra fértil em fantasmas. Não os de lençol branco, mas os que assombram as contas públicas.
Cada década traz a sua aparição: um aeroporto novo, um TGV, um mega data center. Sempre anunciado com pompa, sempre prometido como salvação económica.
E sempre… fantasma.
O Aeroporto Fantasma
Desde os anos 70 que se estuda, compara e decide onde pôr o novo aeroporto de Lisboa.
Montijo, Alcochete, Ota — já foram todas escolhas oficiais.
Milhões gastos em consultorias e estudos ambientais.
Resultado? Zero aviões descolaram desses terrenos. Mas o dinheiro público já voou.
O TGV Imaginário
Apresentado como revolução ferroviária, o comboio de alta velocidade português nunca passou de maquete.
Contratos, estudos, powerpoints — tudo feito.
Obra? Nenhuma.
O país continua a viajar em comboios lentos, mas com estudos caros sobre comboios rápidos.
Os Data Centers Miragem
- Em Sines, fala-se em 8,5 mil milhões de investimento.
- Em Abrantes, um projeto de 7 mil milhões apresentado por uma microempresa de 5 mil euros de capital.
Promessas de milhares de empregos, discursos inflamados, mas bancos e clientes continuam invisíveis.
A única coisa real, por enquanto, são as isenções fiscais e as fotos das cerimónias.
O Padrão
- Anúncio pomposo com ministros e autarcas sorridentes.
- Estudos pagos a peso de ouro com consultoras amigas.
- Esquecimento conveniente, até que chegue a próxima legislatura.
- Novo anúncio, novo local, nova maqueta.
E assim, os fantasmas continuam a dançar sobre o erário público.
Conclusão
Portugal não precisa de mais maquetes e fantasmas. Precisa de obras reais, com transparência, contratos públicos e resultados palpáveis.
Até lá, continuará a ser o país dos projetos eternos, onde o dinheiro se gasta em sonhos de powerpoints — e o povo acorda sempre no mesmo pesadelo.
✍️ Francisco Gonçalves & Augustus Veritas Lumen
📌 Publicado em Fragmentos do Caos
Imagens cortesia de OpenAI ,(c)
Leia o Caderno Negro da Corrupção em Portugal
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