Manifesto Europeu pela Coragem e pela Civilização

Um apelo urgente à lucidez e à união dos povos livres da Europa
Vivemos uma hora decisiva.
Uma encruzilhada em que a história nos interpela com uma brutalidade que os nossos dirigentes recusam ver.
A invasão da Ucrânia pela Federação Russa não é um conflito regional.
É a manifestação brutal de uma ambição imperial do século XIX com tecnologias do século XXI.
É também um teste:
- ao espírito da Europa,
- à validade das suas instituições,
- à fibra dos seus cidadãos.
1. Chegou a hora de nomear o mal
Putin não é um parceiro negocial.
É um autocrata belicista que transformou a mentira em política externa, e a guerra em instrumento de expansão.
A diplomacia falhou. A contenção falhou. A ilustração moral da Europa foi ignorada.
Resta a coragem.
2. O risco da espera
Cada dia de hesitação europeia é um incentivo para o agressor.
Cada concessão é uma promessa de derrota futura.
O momento de agir é agora.
Agora, que o regime russo está pressionado, exaurido, tenso.
Mais tarde, ele estará:
- reforçado por alianças cínicas,
- financiado por autocracias do oriente,
- legitimado pela nossa inação prolongada.
3. O que propomos
- Reforço imediato e massivo do apoio militar à Ucrânia
Não para escalar o conflito, mas para restaurar a paz pela força da dissuasão. - Embargo total à energia e recursos russos
Sem excepções. Sem meias medidas. - Unidade política europeia em defesa dos valores democráticos
As democracias não podem ser reféns do medo, nem reféns umas das outras. - Mobilização cívica e cultural
É preciso recuperar a noção de que defender a liberdade é um dever. - Nova doutrina europeia de defesa preventiva
A Europa precisa de se ver como poder, não apenas como mercado.
4. Um apelo à lucidez
Que nenhum dirigente europeu diga, um dia, que não foi avisado.
Que nenhum cidadão diga que não sabia.
Não estamos a defender apenas a Ucrânia.
Estamos a defender a civilização livre contra o retorno da tirania.
Se não enfrentarmos Putin agora, enfrentá-lo-emos depois.
Mas ele não estará mais fraco. Estará mais perigoso. E nós, mais divididos.
Pela coragem, pela unidade e pela lucidez.
Por :
Francisco Gonçalves & Augustus Veritas
Setembro de 2025