🌊 Data Centers Subaquáticos: China e Microsoft disputam o fundo do mar

Box de Factos
• China investe 223 milhões de dólares em centros de dados submersos.
• Microsoft testou o Project Natick, colocando módulos no fundo do mar.
• Poupança energética estimada: ~30% nos custos de arrefecimento.
• Riscos: impactos ambientais, corrosão e segurança geopolítica.

⚙️ O conceito

Os centros de dados são as catedrais digitais da era moderna, mas consomem energia de forma colossal — sobretudo para se manterem frios. A solução subaquática surge como ideia engenhosa: usar a temperatura natural dos oceanos para arrefecer os servidores, reduzindo custos e aumentando eficiência.

🇺🇸 O experimento da Microsoft

Em 2015, a Microsoft lançou o Project Natick, colocando contentores metálicos cheios de servidores no fundo do mar. O último protótipo, testado ao largo da Escócia, demonstrou resultados surpreendentes:

  • Redução significativa de falhas técnicas (menos exposição a poeiras e oxigénio).
  • Maior estabilidade térmica e eficiência energética.
  • Protótipo autónomo durante quase dois anos, sem intervenção humana direta.

O Project Natick mostrou que é viável manter data centers submersos com menos custos e maior resiliência.

🇨🇳 A aposta chinesa

A China decidiu ir além da experiência e transformar a ideia em realidade comercial: um investimento de 223 milhões de dólares em data centers oceânicos, com a promessa de usar 30% menos energia.

A diferença não é apenas tecnológica, é também estratégica: para Pequim, data centers subaquáticos são parte de uma visão integrada — juntar offshore wind farms (produção de energia) com offshore data farms (processamento de informação).

⚖️ Comparação crítica

Microsoft (Natick) China
Protótipos experimentais (Escócia) Projeto comercial, investimento inicial de 223 M$
Redução de falhas técnicas Ênfase na poupança energética (30%)
Experiência piloto Integração em rede nacional de dados e energia

🌍 Riscos e dilemas

  • Ambientais: impacto nos ecossistemas marinhos e risco de poluição por corrosão.
  • Geopolíticos: vulnerabilidade a sabotagem e disputas de soberania.
  • Tecnológicos: custos de manutenção ainda elevados e logística complexa.

✨ Conclusão

Enquanto a Microsoft testou o futuro, a China decide implantá-lo em larga escala. São dois modelos distintos: um experimental e outro imperial. O que está em jogo não é apenas eficiência energética, mas a própria geografia do poder digital.

"São cofres de dados mergulhados nas águas do planeta,
frios como o fundo do mar,
quentes como a ambição dos impérios digitais."

✍️ Francisco Gonçalves & Augustus Veritas

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