Caças russos sobre território NATO

🛡️ Provocações Aéreas: A Frouxidão da NATO perante os Desafios de Putin

Por Francisco Gonçalves

Excerto: A Rússia sobrevoa território NATO como quem estuda a espessura de um escudo antigo. A resposta ocidental? Interceções protocolares, mas sem voz firme nem mão decidida. Estará a NATO a falhar no essencial: a dissuasão?

1. A Arte Russa da Provocação

Num mundo cada vez mais multipolar e instável, a Rússia de Vladimir Putin joga uma partida de xadrez com peças de metal supersónico. Os seus caças, em voos provocatórios, testam diariamente os limites da paciência e da coesão da NATO. Ontem mesmo, três caças russos sobrevoaram durante treze minutos território de um país da Aliança Atlântica — sendo apenas escoltados por F-35 italianos.

Sem tiro. Sem protesto formal. Sem consequência.
A mensagem que fica? A NATO vê, mas não reage com firmeza.

2. Comparação Incómoda: Turquia 2015

Recordemos 2015. Um avião russo entra durante 12 segundos no espaço aéreo turco. Ancara — também membro da NATO — não hesita: abate o caça sem contemplações. O Kremlin acusa, rosna, mas recua.

A Turquia mostrou o que a dissuasão significa.
A diferença? Vontade política.

3. A Síndrome da Cautela Ocidental

Nos corredores frios de Bruxelas e nas chancelarias europeias, a palavra de ordem parece ser: \"Evitar escalar.\"
Mas essa prudência transformou-se numa inércia visível, que Putin interpreta como fraqueza.

A NATO, enquanto organização, hesita. Os países membros divergem. E o medo de acender o rastilho de uma guerra aberta bloqueia qualquer ação mais assertiva.
Resultado: um jogo desequilibrado, onde a Rússia testa, testa e testa — e o Ocidente... regista.

4. O Valor da Dissuasão

Dissuadir não é apenas ter armas. É mostrar que se está disposto a usá-las, se necessário.
Putin percebe isso. A NATO, por vezes, parece esquecê-lo.

Um escudo que não assusta é só uma peça de museu.

5. Perigos à Vista

Cada voo russo não punido enfraquece a credibilidade da Aliança. E quando a credibilidade cai, o risco de erro de cálculo sobe.
Um piloto demasiado confiante. Uma resposta atrasada. Um radar mal interpretado.
E o mundo pode acordar num novo conflito global — não por querer, mas por omissão.

6. Conclusão: A NATO está a ser frouxa?

Sim. Frouxa na resposta política. Hesitante na mensagem. Tímida na dissuasão.
O Ocidente precisa de reencontrar a sua voz firme.
Ou arrisca-se a vê-la substituída por rugidos vindos de Moscovo.

📌 Nota final: Neste xadrez aéreo, não é o avião mais rápido que vence. É o jogador que menos hesita.

Artigo autoria de 📖 Francisco Gonçalves

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