O mundo está em chamas, os mercados tremem, as democracias vacilam, mas… nada disso importa. Em 2026, o palco das grandes decisões mundiais será uma quinta privada na Florida, propriedade do presidente dos Estados Unidos da América: Donald J. Trump.

Sim, leu bem. A cimeira do G20, esse encontro onde se discutem economia global, paz e clima, vai decorrer no quintal de um magnata que transformou a política num reality show.

Trump, com a habitual subtileza diplomática, já recusou pôr os pés na África do Sul em 2025, justificando-se com acusações de perseguição a pessoas brancas. Em vez disso, envia o seu escudeiro J. D. Vance. Para 2026, porém, garante presença — não por dever de Estado, mas porque o evento será… em sua casa.

Imaginemos a cena:

  • Os líderes mundiais alinhados no buraco 18 de um campo de golfe, decidindo as taxas de carbono entre uma tacada e outra.
  • Putin a ensaiar "swing" enquanto discute fronteiras.
  • Xi Jinping a calcular o PIB mundial num carrinho de golfe.
  • Ursula von der Leyen a tentar não escorregar no relvado artificial.

E, no banquete final, não faltem hambúrgueres do McDonald's servidos em bandejas douradas, com direito a refrigerante "Diet MAGA".

A ironia é que o G20 — supostamente símbolo da cooperação global — corre o risco de se transformar numa convenção privada, patrocinada por uma marca pessoal. A diplomacia mundial ao estilo "Apprentice Global Edition", com Trump a despedir países inteiros com o célebre: You're fired!

No fundo, não é apenas a América que não se mede. É o próprio mundo que, enredado em populismos e interesses privados, se deixa medir pela fita métrica de um só homem.


Artigo satírico de Augustus Veritas in Fragmentos do Caos.

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