Trump, refém da sua vaidade

A Democracia Americana refém de um infeliz
E Putin a rir-se de todos nós
Os Estados Unidos, outrora farol da democracia, entregaram-se ao capricho de um homem errático. Trump é guiado pela vaidade e pelo hedonismo, não pela responsabilidade de estadista. A sua política externa é espelho e palco — procura aplauso imediato, não resultados duradouros. A sua relação com líderes autoritários não é estratégica, é narcísica: admira neles o que gostaria de ver refletido em si — poder absoluto, ausência de crítica, culto da personalidade. A democracia, para ele, é apenas cenário descartável quando não lhe serve; o essencial é o prazer do poder e o reconhecimento instantâneo. E aqui reside o perigo: um homem movido pelo hedonismo político não governa, atua. Mas o palco é o mundo, e as consequências não são encenações — são guerras, crises e instabilidade global. Donald Trump governa pelo impulso, pela vaidade e pela divisão — não pelo interesse nacional.
O resultado é devastador: reputação internacional em queda, aliados desconfiados, adversários encorajados. A democracia americana, em vez de exemplo, tornou-se aviso.
Putin percebeu. Não precisa de vencer — basta-lhe esperar, enquanto Trump implode por dentro a maior potência do Ocidente. E assim, entre discursos de ódio e aplausos cegos, a América corre o risco de perder aquilo que sempre a distinguiu: a confiança do mundo na sua democracia.
por Francisco Gonçalves • 11 setembro 2025