Trump deixa-se manipular por Trump

Trump precisa de compreender que Putin está a gozar com ele
O aviso veio de Varsóvia e não podia ser mais claro: a Rússia não negocia em boa-fé, manipula. Se Trump não o entende, o Ocidente inteiro paga o preço.
Putin, o maestro da manipulação
Putin governa pelo engano. Promete tréguas e prepara ofensivas, acena com diplomacia enquanto move tropas, fala de paz ao mesmo tempo que lança drones sobre cidades ucranianas. É um estratega do cinismo, e sabe que cada gesto ambíguo é uma peça no xadrez da intimidação.
Trump, o joguete voluntário
Trump olha para Putin e vê um "líder forte" — quando na verdade só vê o reflexo da sua própria obsessão com o poder. Na ânsia de se mostrar diferente da elite de Washington, Trump cai no erro fatal: confundir brutalidade com liderança. O resultado é previsível: Putin goza com ele e, por tabela, com todo o Ocidente.
A lucidez polaca
A Polónia, que vive sob a sombra russa, não tem ilusões. Sabe que Moscovo não se combate com discursos, mas com firmeza. Por isso o ministro polaco disse o óbvio que muitos hesitam em admitir: Trump é jogado como peça de propaganda russa. Cada gesto de complacência é lido em Moscovo como sinal de fraqueza.
O risco para a Europa
Se Trump insiste em ver Putin como parceiro, a Europa arrisca-se a ficar mais uma vez dividida e vulnerável. A fronteira leste da NATO não é palco de retórica — é linha de vida para milhões de europeus. Subestimar a ameaça é abrir a porta à tragédia.
Conclusão
Trump precisa de compreender que Putin não é amigo, não é aliado, não é negociador. É um adversário estratégico que joga com cinismo e que usa o engano como arma. Se a maior potência do Ocidente não perceber isso, o riso de Putin será apenas o prelúdio de uma derrota histórica.