A Europa tentada a cometer sempre erros de estratégia

Israel e o Erro Estratégico Europeu
A União Europeia arrisca-se a cometer um erro de cálculo monumental: hostilizar Israel no momento em que enfrenta a ameaça russa no leste. A política moralista pode render aplausos internos, mas fragiliza alianças externas. E, em geopolítica, fragilidade é convite à tragédia.
Israel: peça-chave do tabuleiro
Israel não é apenas um Estado em conflito regional. É potência tecnológica em cibersegurança, defesa e energia, parceiro histórico dos EUA e ponto de equilíbrio no Médio Oriente. Num cenário de confronto prolongado com a Rússia, a sua relevância estratégica multiplica-se: pressiona o flanco sul da NATO, estabiliza a região e fornece tecnologia crítica ao Ocidente.
A ambiguidade europeia
A Europa tem oscilado entre hostilidade moralista e necessidade pragmática. As críticas e sanções podem soar a firmeza, mas corroem a confiança de um aliado essencial. O risco é simples: ao isolar Israel, a Europa abre espaço para que China e Rússia se apresentem como parceiros alternativos.
O risco da dupla frente
A Europa enfrenta Moscovo no leste e, simultaneamente, afasta-se de Israel a sul. Cria assim um duplo ponto de vulnerabilidade. Num tabuleiro global em que os EUA se debatem com a instabilidade interna, o enfraquecimento europeu pode ser a oportunidade perfeita para adversários redesenharem fronteiras e influências.
China à espreita
Pequim observa. Para Xi Jinping, um Israel isolado é uma oportunidade de ouro: cooperação tecnológica em troca de alinhamento diplomático. Se Israel se aproximar da China, o Ocidente perde não apenas um aliado, mas também acesso a um dos polos tecnológicos mais avançados do planeta. Seria um golpe estratégico irreparável.
Conclusão
Ao hostilizar Israel, a Europa não está a defender princípios universais — está a fragilizar a sua própria posição num mundo em convulsão. O Ocidente precisa de alianças robustas, não de alianças frágeis. E o erro de hoje pode ser a vulnerabilidade de amanhã. A pergunta é simples: quer a Europa ser um poder geopolítico ou apenas um moralista fatigado que discursa enquanto outros escrevem as regras?