O palco da tragédia

Varsóvia, 2025. O céu iluminado não por estrelas, mas por 19 drones russos, cada um com GPS avariado e a pilotagem feita, ao que parece, pelo próprio Putin entre uma taça de vodka e outra. A NATO levanta os seus aviões de guerra como se fosse fogo-de-artifício antecipado da próxima cimeira. Resultado: drones abatidos, sem baixas humanas — só a reputação de Putin a cair ainda mais baixo que o rublo.

Trump em modo oráculo

No seu trono dourado digital, Trump ergue os polegares e deixa no Truth Social uma mensagem enigmática, digna de Shakespeare em versão "fast food": "Here we go!". Três palavras que poderiam anunciar tanto um jogo de futebol como um hambúrguer novo no McDonald's. Entretanto, a Polónia invoca o Artigo 4 da NATO e o mundo todo tenta decifrar o que raio Trump quis dizer.

Putin e os drones de Schrödinger

Putin, claro, nega. "Não fomos nós", diz ele, enquanto sacode a lapela cheirando a pólvora. Em Moscovo já circula a versão oficial: os drones eram gaivotas metálicas polacas travestidas de espiãs. E quem acreditar ganha bilhete VIP para o próximo desfile na Praça Vermelha com direito a selfie ao lado de um míssil intercontinental pintado com flores.

Lições de uma ópera grotesca

1. Putin brinca ao "Risk" com peças reais, mas com maturidade de adolescente numa consola.
2. A NATO aciona defesas aéreas, mas com cara de quem teme o convite para a Terceira Guerra Mundial.
3. Trump resume a geopolítica a três palavras. Talvez guarde as restantes para a campanha: "Here we go… MAGA!".

Se Camões estivesse vivo…

"Drones que da Rússia se vão soltando,
Em céus polacos o medo semeando,
Trump em três letras o mundo vai guiando,
E Putin, com vodka, vai sempre negando."