O Ditador Putin e a Criminalização da Curiosidade


Vladimir Putin, o ditador que há décadas molda a Rússia à imagem da sua vontade férrea, encontrou uma nova fronteira para a repressão: a mente curiosa do cidadão comum. Não bastava perseguir opositores, prender jornalistas, silenciar ativistas ou adulterar eleições. Agora, até pesquisar certas palavras na Internet – como "Navalny" ou "LGBT" – passa a ser crime.

O regime não se contenta em controlar o discurso público; quer aprisionar também os murmúrios privados, os gestos íntimos de curiosidade, o simples ato de procurar informação. É a transformação da Internet russa num imenso campo de vigilância e medo, onde cada tecla digitada pode ser denunciada como heresia.

Putin parece querer extinguir o próprio ar que os russos respiram. Criminalizar palavras é tentar sufocar ideias, mas também sufocar almas. É um método perverso de castração intelectual, que não atinge apenas opositores: atinge qualquer cidadão que ousar pensar fora do guião oficial.

E como complemento, o Estado promove a sua própria aplicação de mensagens — uma cópia vigiada do WhatsApp — como se a comunicação privada pudesse ser substituída por um confessionário digital controlado pelo Kremlin. O próximo passo? Talvez multar quem sonhar com liberdade.

O verdadeiro medo de Putin não está nos exércitos da NATO, mas nas bibliotecas, nos navegadores e nas palavras proibidas que vagueiam como fantasmas digitais.

A Rússia de hoje mostra ao mundo como o autoritarismo se reinventa: não com tanques nas ruas, mas com cadeados na mente. É um aviso à humanidade: quando a curiosidade é criminalizada, a liberdade começa a morrer sufocada.


✍️ Francisco Gonçalves & Augustus Veritas Lumen – Fragmentos do Caos

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