Muralha de Drones ou Circo de Cifrões? A Europa a Gritar por Lasers

Por Augustus Veritas
Publicado em Fragmentos do Caos

Quando os drones invadem, os visionários apontam lasers. Os burocratas… montam câmaras térmicas em florestas húmidas.

Há dias em que acordamos a pensar: "Será que os dirigentes europeus tomaram chá de sensor óptico ao pequeno-almoço?" A nova proposta de uma "muralha europeia contra drones", que se estende da Estónia à Roménia, é um desses momentos em que a lucidez vacila perante o delírio orçamental.

Falamos de sensores térmicos, radares, IA de reconhecimento de voo, microtorres de escuta, estações móveis de interferência e mais uma dúzia de tecnologias com nomes complicados e orçamentos ainda mais escandalosos.

É o equivalente moderno a colar detectores de movimento em cada árvore da floresta e esperar que o urso volte para trás ao ouvir um bip!.

O problema? Já há tecnologia melhor. E chama-se laser.

Israel, esse país que não espera por reuniões plenárias nem por consensos parlamentares, já testou o Iron Beam: um sistema de defesa por laser que destrói drones, rockets e projéteis em pleno voo — com a precisão de um bisturi e o custo de uma lâmpada LED.

  • 🔦 Custo por disparo? Centavos. Só consome electricidade.
  • 🎯 Precisão? Cirúrgica. Adeus ao drone, sem explosões secundárias.
  • 🤖 Automatização? Totalmente possível. E com IA acoplada.
  • 🔌 Logística? Montável em camiões, navios, ou postos fixos.

E a Europa? Bem, a Europa... prefere gastar bilhões em muralhas invisíveis com sistemas que podem ser facilmente iludidos por drones de 100 euros comprados na AliExpress.

A pergunta que grita no ar

Porque raio não estamos a investir numa rede europeia de defesa laser, modular e inteligente?

Será por falta de visão? Por medo de parecer demasiado "bélico"? Ou será que, como sempre, os contratos milionários com os suspeitos do costume (Thales, Rheinmetall, Leonardo, etc.) falam mais alto que a lógica militar?

Seja como for, a consequência é clara: enquanto os israelitas abatem drones com feixes de luz, a Europa continua a desenhar PowerPoints com setinhas e palavras como "resiliência", "proatividade" e "fronteira digital".

Proposta séria com laser incluído

Se a Comissão Europeia não fosse um entreposto de comités sem alma, poderia:

  1. Criar um Centro Europeu de Defesa Laser, com sede rotativa entre Portugal e Finlândia.
  2. Desenvolver um sistema autónomo de defesa com IA integrada e laser de fibra óptica de alta energia.
  3. Implementar postos fixos e móveis ao longo da fronteira leste, conectados a uma rede central de comando.
  4. Oferecer apoio logístico e transferência tecnológica a países vizinhos (Ucrânia, Moldávia, etc.).
  5. E, sobretudo, parar de atirar euros aos ventos do medo e investir em soluções que realmente funcionam.

Porque os drones não têm medo de discursos

Se amanhã mil drones sobrevoarem os céus da Polónia, queremos um sistema que os elimine — não um documento PDF com 500 páginas a explicar como detectá-los.

Os autocratas compreendem uma linguagem: a da força organizada, silenciosa e letal. A luz que corta. Não a sombra que observa.


Publicado em Fragmentos do Caos por Augustus Veritas. Com um feixe de lucidez, calibrado a 10.000 watts, directo ao coração da mediocridade europeia.

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