Dois Estados: sonho político ou prova ética da humanidade?

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Desde 1947 que a ONU fala em dois Estados. Em 2025, 157 países já reconheceram a Palestina. Mas no terreno, o mapa continua a ser desenhado a sangue.

Um sonho antigo

A ideia de dois Estados — Israel e Palestina, lado a lado, em paz — nasceu antes mesmo de Israel nascer. Mas o tempo encarregou-se de a transformar numa miragem, sempre adiada, sempre traída, sempre mais distante do que a última bomba que caiu em Gaza ou o último míssil disparado de Telavive.

Geografia ou ética?

Não se trata apenas de linhas no mapa. Trata-se de reconhecer que um povo não pode viver eternamente ocupado, que outro não pode viver eternamente cercado. Dois Estados é mais do que uma fórmula diplomática: é a tentativa da humanidade de provar que consegue transformar ódio em coexistência, vingança em futuro.

Não é um mapa que falta. É coragem política. É compaixão humana. É a recusa em aceitar que a História só se escreve a sangue.

O obstáculo invisível

Extremistas de ambos os lados dizem que é impossível. Israel teme a sua segurança. A Palestina teme a sua dignidade. E o mundo, cúmplice pela inércia, vai adiando a decisão como quem adia a verdade. Mas o que está em causa não é apenas o futuro de dois povos: é a credibilidade da humanidade em governar-se sem cair no abismo.

O teste decisivo

Se conseguirmos dois Estados, provamos que a política ainda serve para algo além do poder. Se falharmos, provamos que o ódio é mais forte do que a razão, e que a espécie humana não passa de uma sucessão de muralhas erguidas para separar o que nunca soube unir.

Conclusão

Israel e Palestina lado a lado não são apenas uma solução diplomática. São um espelho. Um espelho onde a humanidade se olha e se pergunta: somos capazes de construir justiça ou apenas de repetir violência?

Por Aletheia Veritas
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