Religiões do Mal, Estados Armados e o Futuro Sequestrado

Por Francisco Gonçalves

"Quando o sagrado se prostitui com o poder, nasce o inferno em nome de Deus."
— Augustus Veritas

O Médio Oriente não é apenas uma terra antiga — é um campo minado de narrativas, feridas e doutrinas que sangram.
Ali, as orações misturam-se com o barulho dos drones.
As mesquitas, sinagogas e igrejas foram, muitas vezes, sequestradas para justificar o indizível.

O terror veste batina, túnica ou farda

O problema já não é fé — é a instrumentalização da fé.

De um lado, clérigos que ensinam crianças a desejar o martírio como glória.
Do outro, generais messiânicos que acreditam ter "direito divino" a expulsar, colonizar, matar.
E no meio, milhões de inocentes esmagados entre fanáticos com microfones e exércitos com bandeiras.

Religiões tornadas em cultos da morte.
Governos convertidos em milícias com assento na ONU.

O que se faz quando tudo fede a ódio?

O Estado de guerra permanente é um negócio sujo e lucrativo.
Mas mais do que isso: é um vício emocional colectivo.

Populações inteiras foram educadas a odiar.
Não com lógica. Com mitos, com dogmas, com histórias de sangue passadas de geração em geração.

E quando se cresce com medo, a vingança torna-se o único idioma compreendido.

Como se apaga um incêndio assim?

Com água clara. Mas não é fácil encontrar água num deserto de ideias.

📚 Educação contra a cegueira:

  • Reformar escolas que ensinam o inimigo como destino.
  • Levar ciência e arte para onde só havia ódio e dogma.

✂️ Cortar as raízes do fanatismo:

  • Criminalizar o financiamento de extremistas — de todos os lados.
  • Condenar publicamente líderes religiosos que promovam o terror.

🕊 Criar pontes reais, não cimeiras inúteis:

  • Lançar zonas experimentais de convivência e cooperação.
  • Tecnologia, agricultura, arte, medicina — onde palestinianos, israelitas, sírios, libaneses e egípcios possam trabalhar juntos.

🎭 Desmascarar os incendiários:

  • Toda religião que promove a morte deixa de ser fé e passa a ser seita do caos.
  • Toda bandeira que justifica crimes torna-se um trapo sujo.

O futuro está sequestrado — mas ainda respira

Não há solução mágica.
Mas há sempre um ponto de partida: parar de fingir que o problema é insolúvel.

O que parece "cultural" é muitas vezes político, económico, e manipulado por elites que vivem da tragédia dos outros.

O mal não é eterno.
Mas é preciso coragem para lhe cortar as raízes e plantar luz onde só houve sombra.

🌍 A paz não é ausência de guerra — é a presença da dignidade.
E a dignidade começa onde termina o fanatismo.

Artigo autoria de 📖 Francisco Gonçalves

✒ Porque razão escrevo e publico livremente?

Porque acredito que o pensamento deve ser partilhado, não aprisionado.
Escrevo para despertar, não para agradar.
Publico livremente porque o saber é um direito, não um produto.

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