O estado da Justiça: responsabilidades sem meios?

Do apelo do PGR à reforma que ainda falta

Excertos
"Peçam-nos responsabilidades, mas dêem-nos meios."
"Desinvestimos durante anos — a conta chega agora."

O Procurador-Geral da República defendeu hoje que a justiça precisa de meios reais para entregar resultados reais. E apontou a bússola: menos retórica sobre novos crimes e mais eficácia em perda alargada e recuperação de ativos.

O que ficou dito

  • Responsabilização sim, mas com reforço humano e técnico nas equipas do MP e dos tribunais.
  • Aplicar com músculo os instrumentos de confisco e gestão de bens — vender depressa, evitar que se degradem.
  • Prioridade a processos com impacto social (violência doméstica) e aos "mega" que consomem recursos sem fim.

Porque é estrutural

A UE relembrou em 2025: sem justiça eficiente não há economia que escale. Os dados europeus mostram fragilidades crónicas de orçamento e gestão de ativos humanos. A digitalização avança, mas ainda sem métricas públicas que obriguem à melhoria contínua.

Três decisões que mudavam o jogo

  1. Plano de Meios 2026-2028: contratar oficiais de justiça, equipas mistas para megaprocessos, metas trimestrais transparentes.
  2. Task-force de Ativos: GAB com prazos de leilão, gestão centralizada e prestação de contas pública.
  3. "Justice Data Hub": painel público com tempos médios, taxa de resolução, congestionamento e atrasos por comarca.
Nota: Este artigo comenta declarações públicas de hoje e enquadra-as com dados europeus e normativos recentes.
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