Camões não precisava de sondagens, jornais ou televisões para perceber a essência da política:
quando a cabeça é fraca, todo o corpo vacila.

"O fraco rei faz fraca a forte gente,
E com brandura mais se enfraquece;
Deixa de ser o povo obediente,
Quando a cabeça se enfraquece."

No século XVI era o rei.
Hoje são primeiros-ministros de pose engomada, presidentes de discursos repetidos, ministros que confundem Excel com estratégia.
A pátria, que já foi feita de coragem e ousadia, torna-se refém da tibieza.

A fraca liderança é uma epidemia:

  • Em vez de decisões, relatórios.
  • Em vez de coragem, comissões.
  • Em vez de futuro, promessas recicladas.

E o povo, que sempre foi mais forte do que os seus senhores, vai definhando ao ritmo da mediocridade que lhe despejam.
Uns acomodam-se, outros emigram, muitos calam-se — e todos, de algum modo, se tornam cúmplices do mesmo reinado de fraqueza.

Camões já o tinha escrito: quando a cabeça se enfraquece, o corpo inteiro cai.
Mas em Portugal, o povo aprendeu a viver de joelhos, convencido de que ajoelhar é uma forma de estar em pé.

O fraco rei não é apenas metáfora: é o espelho onde nos vemos.
E enquanto aceitarmos cabeças fracas, continuaremos a ser gente diminuída.


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