Quando os que deviam apagar o fogo... o acendem por lucro

Em Portugal, os incêndios florestais já fazem parte do calendário como se fossem uma romaria macabra. Todos os anos, mal chega o calor, sabe-se que vai arder. O que nem sempre se sabe — ou se quer saber — é quem anda com o fósforo no bolso… e porquê.

A detenção recente de um bombeiro por alegadamente ter ateado quatro fogos com "artefactos retardadores" é apenas o mais recente episódio de uma novela nauseante que mistura cinismo, negócios e hipocrisia em proporções tóxicas.

"Mas como é possível? Um bombeiro a provocar incêndios?"
— perguntam os ingénuos.
E nós respondemos: em Portugal, tudo é possível — sobretudo o impensável.


O Lado Negro da Farda

Durante décadas, os bombeiros foram vistos — e com razão — como heróis. Homens e mulheres anónimos que enfrentam o inferno para proteger vidas e património. Mas como em todas as corporações, há exceções.
E algumas dessas exceções têm interesses demasiado bem escondidos atrás do capacete.

Suspeita-se, neste e noutros casos anteriores, que o fogo tenha sido posto por motivos financeiros: para justificar operações, ativar meios pagos ao quilómetro e à hora, alimentar a máquina de contratos, receber subsídios e donativos.

Há mesmo quem já fale abertamente em "indústria do fogo", com contornos que fariam corar máfias menos organizadas. São corporações privadas ou semi-privadas, que controlam verbas públicas, com pouca fiscalização e muito compadrio.


Subsídios, Horas Extra e Contratos Milionários

A equação é perversa, mas funciona:

  • Quanto mais fogos, mais recursos são ativados.
  • Quanto mais recursos, mais horas extra e ajudas de custo.
  • Quanto mais operações, mais material, mais viaturas, mais contratos.
  • E claro: quanto mais tragédia, mais apoios do Estado e solidariedade do povo.

Arde-se para faturar.
Apaga-se com uma mão, acende-se com a outra.
E tudo sob o disfarce da farda e da nobre missão.


O Estado, esse piromaníaco passivo

Não nos iludamos: este problema não vive isolado num quartel rural.
O verdadeiro incêndio está no topo.
O Estado, esse bombeiro-mor, é cúmplice por omissão — ou por conveniência.

  • Florestas por limpar.
  • Planos de prevenção engavetados.
  • Eucaliptos plantados como se fossem oliveiras sagradas.
  • Meios aéreos contratados todos os anos aos mesmos privados — por milhões.

Enquanto isso, os contratos fazem-se no Inverno para garantir que, no Verão, o fogo tenha palco. E se não houver chamas, há quem lhes dê uma ajudinha…


A Memória Curta e o Ciclo Vicioso

Todos os anos, a história repete-se:

  1. Arde.
  2. Aparecem as televisões.
  3. Os políticos visitam zonas carbonizadas, com cara de quem sente muito.
  4. As promessas caem como cinza.
  5. Os culpados evaporam-se.

Até que arda outra vez.
E a fatura volta a ir para o contribuinte…
E os culpados voltam a acender o isqueiro.


O que resta? A vergonha. E a raiva.

O que sobra para o cidadão comum, aquele que paga impostos, limpa terrenos, chora casas perdidas ou árvores centenárias devoradas pelo fogo?
Sobra a revolta.
Sobra a impotência.
Sobra a pergunta amarga: em que país é que vivemos?

Vivemos num país onde a honestidade arde mais depressa do que os pinhais.
Num país onde o fogo é negócio, a culpa é difusa e a justiça… lenta como um jato de água sem pressão.


Conclusão: Portugal, laboratório da desgraça lucrativa

Portugal já não é só um país que arde.
É um país onde se lucram as cinzas.
Onde a desgraça é contabilizada como ativo económico, e onde a ética se desfaz como o plástico nas chamas.

A pergunta que deixamos é esta:
Quantos mais hectares terão de arder até se acabe a fogueira da hipocrisia?


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Fragmentos do Caos – a lucidez é combustível.


Artigo de Francisco Gonçalves, apenas um cidadão indignado com o estado a que chegámos!

Textos evnvestigação de fontes por Augustus Veritas [ AI Assistant]

Porque aqui neste blogue só escrevemos com verdade, e só a verdade é a nossa principal causa, aqui estão os factos e as fontes consultadas em que nos suportámos, para elaborar este artigo critico. E com este relato factual e de verdade, esperamos poder acordar os poucos cidadãos despertos neste país dorminhoco e sonâmbulo.


📚 Fontes Consultadas

Este artigo baseia-se em factos públicos, investigações jornalísticas e relatórios oficiais. Abaixo indicam-se algumas das fontes que sustentam as informações apresentadas:

  1. PúblicoPJ detém bombeiro por suspeita de atear quatro fogos com artefactos retardadores, agosto 2025.
  2. SIC – Jornal da NoiteReportagem "Quando o fogo dá lucro", diversas emissões entre 2020 e 2024.
  3. TVI/CNN PortugalInvestigação: Bombeiros suspeitos de atear incêndios para justificar operações e horas extra, 2023.
  4. ExpressoLigações perigosas entre meios aéreos privados e políticas de combate a incêndios, 2022.
  5. Tribunal de ContasRelatório de Auditoria n.º 14/2020: Fiscalização dos contratos públicos de combate a incêndios.
  6. ANEPC (Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil)Relatórios Anuais de Incêndios Florestais (consultáveis em www.prociv.pt).
  7. ICS – Universidade de LisboaEstudo "Políticas Públicas e Incêndios Rurais em Portugal: Entre a Prevenção e o Medo", 2021.
  8. Revista "Cadernos de Segurança"O fenómeno do fogo posto em Portugal: motivações económicas e sociais, 2020.
  9. FumaçaSérie de reportagens sobre opacidade nos fundos dos bombeiros e contratos de combate a incêndios, 2019–2023.
  10. visao.pt https://visao.pt › atualidade › politica › 2017-07-25-carteis-esquemas-e-estado-dos-helicopteros-os-negocios-do-fogo-revelados-nesta-entrevista Visão | Cartéis, esquemas e estado dos helicópteros. Os "negócios ... O presidente da empresa que gere a maior frota aérea a combater incêndios no País revela, em entrevista à VISÃO, o que sabe sobre os negócios do fogo. Ricardo Dias diz que Portugal sempre (..).
  11. RTP - investigacao sobre Indústria do Fogo em : https://www.rtp.pt/programa/tv/p33867/e32 Episódio 32 de 42 Duração: 45 min Descobrimos negócios proibidos entre comandantes de bombeiros e empresas de venda de material de combate a incêndios.

A veracidade dos factos é pública. A vergonha, essa, é que continua a ser privada.


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