Há três anos que Vladimir Putin tenta conquistar a Ucrânia com tanques, mísseis e um exército que se diz temível mas que afinal tem pés de barro. O plano era simples: em poucos dias, Kiev cairia, a bandeira russa tremularia sobre o Dniepre e o mundo inteiro aplaudiria, ainda que em silêncio cúmplice, o "novo czar".

Só que o povo ucraniano não aceitou ser escravo e o Ocidente, ainda que a medo, não deixou de fornecer armas e apoio. Resultado: três anos de guerra, milhares de mortos, e Putin sem vitória para mostrar.


Do General ao Canalizador

Eis então que Putin, incapaz de vencer com pólvora, veste agora a farda de diplomata.
Mas não é diplomacia, é diplomacia de retrete: um truque cínico para transformar a merda da guerra numa descarga política.

Putin oferece "negociações de paz" que, na prática, significam isto:

  • A Ucrânia reconhece a perda de territórios ocupados.
  • A Rússia fica com o que conquistou, e falta conquistar, à força.
  • O Ocidente aplaude, suspira de alívio e finge que a paz venceu.

Na realidade, é como dar as chaves da casa ao ladrão que não conseguiu arrombar a porta.


O Engodo do Monstro

Putin apresenta-se ao mundo como estadista cansado, homem de diálogo, defensor da estabilidade.
Mas por trás da cortina, é o mesmo carniceiro que bombardeia cidades, deporta crianças e assassina opositores.
A sua "paz" não é paz — é uma rendição disfarçada, uma pausa para respirar, um truque para consolidar ganhos antes da próxima ofensiva.


O Ocidente Ingénuo

A Europa, de barriga cheia mas de espinha mole, começa a dar sinais de fadiga.
Entre pagar a guerra e manter os seus confortos, muitos preferem entregar a Ucrânia de bandeja.
E é aqui que Putin aposta: na cobardia política e no cansaço moral das democracias ocidentais.
Ele sabe que há sempre alguém disposto a confundir capitulação com compromisso, rendição com diplomacia.


Conclusão Mordaz

Putin não conseguiu conquistar a Ucrânia com o rugido dos tanques.
Agora tenta conquistá-la com o som de uma descarga de sanita diplomática.
E se o mundo cair neste truque, a História não registará um tratado de paz, mas sim a maior fossa séptica da geopolítica moderna: a Ucrânia entregue ao agressor pela via da retrete.


👉 Artigo de Francisco Gonçalves in Fragmentos de Caos.

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