Chegámos ao grau zero da competência, e nem foi preciso esforço — foi um mergulho lento, como quem se deixa afogar num pântano confortável.

• Serviços públicos disfuncionais: filas intermináveis no SNS, tribunais que resolvem processos à velocidade de uma lesma deprimida, e repartições públicas onde a burocracia serve de religião oficial.
• Impostos sufocantes sobre o trabalho: o Estado mama primeiro e deixa o contribuinte com o osso. E quem cria riqueza legítima é penalizado, enquanto o capital especulativo e as rendas parasitárias dançam impunes.
• Desigualdade social e erradicação da classe média: já não é um risco, é um programa em execução. Pobreza crescente para uns, riqueza blindada para outros, com o fosso social a transformar-se num abismo.
• Sistema de ensino partido: um modelo que prepara para exames mas não para a vida, onde professores estão desmotivados e alunos, abandonados.
• Corrupção institucionalizada: não é exceção, é método. E a evasão fiscal dos poderosos tornou-se arte protegida, com timbre oficial.
• Justiça sem vergonha: dois pesos, duas medidas — uma para o cidadão comum, outra para a elite política e económica. Basta ver o circo Sócrates: um desfile de arrogância, manobras dilatórias e um sistema que faz de tudo menos justiça.
• E o futuro? Uma nova bancarrota já sorri no horizonte, porque todos os ingredientes estão no tacho: dívida alta, economia estagnada e dirigentes que trocam visão estratégica por selfies e soundbites.

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📌 Resumo cruel: Portugal não está apenas mal governado — está capturado por uma teia de interesses que sobrevive na mediocridade crónica. E o povo? Ou se indigna de vez, ou continuará a assistir, sentado e cansado, à lenta decomposição da sua própria casa.

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Um artigo de Francisco Gonçalves & Augustus Veritas in Fragmentos de Caos

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