Portugal em Chamas: Incendiários Soltos, Povo Preso ao Engodo

Todos os verões, o país arde.
Todos os verões, há suspeitos detidos.
E todos os verões, a maioria dos incendiários volta a andar livremente pelas estradas, pelas aldeias e pelas matas.
É a farsa repetida de um Estado que prefere explicar incêndios com churrascos e "alterações climáticas" do que enfrentar a verdade: há mão criminosa organizada e interesses que vivem do fogo.
Estatísticas de uma vergonha
- Em 2025, já foram detidas cerca de 100 pessoas por suspeita de incêndio florestal.
- Mas menos de 30 estão em prisão preventiva ou domiciliária.
- O resto? Solto, reincidente, pronto para continuar a arder Portugal.
No total, há hoje 109 pessoas presas por crimes de incêndio, num universo de centenas de inquéritos abertos.
A matemática da tragédia é simples: a justiça prende para a fotografia, liberta para a continuidade.
As desculpas da justiça servil
- "São doentes mentais."
Muitos incendiários são declarados inimputáveis. Passam semanas em instituições psiquiátricas e voltam para a rua. - "Faltam provas."
Como se fosse possível apanhar sempre em flagrante alguém que ateia fogo a um pinhal. O benefício da dúvida é transformado em salvo-conduto. - "A justiça é independente."
Sim, independente do povo, mas servil ao poder. Nunca toca nos grandes interesses que lucram com o negócio do fogo: madeireiras, reflorestação, fundos de compensação, lóbis de seguros.
A coreografia do poder
O guião é sempre o mesmo:
- Agosto chega, o país arde.
- O Governo vai para a televisão lamentar, pedir calma e prometer "mais meios".
- A oposição finge indignação.
- A comunicação social repete a ladainha: "alterações climáticas, descuidos, churrascos".
Ninguém se atreve a dizer: há fogos criminosos, há fogos organizados, há fogos úteis a interesses instalados.
Conclusão Satírica
Portugal é o país onde os incendiários são presos para estatística e libertados para serviço.
Um país onde a justiça não extingue fogos, mas apaga responsabilidades.
E um país onde o povo continua prisioneiro do engodo, condenado a ouvir todos os verões a mesma mentira reciclada:
"Não há mão criminosa, é o clima, é o azar, é o povo descuidado."
Enquanto isso, as labaredas sobem, as aldeias ardem e os negócios florescem.
Portugal continua em chamas — não só nas florestas, mas também na consciência.
👉 Artigo de Francisco Gonçalves in Fragmentos de Caos.
"Em Portugal, as florestas ardem, as aldeias queimam-se, mas a Justiça limita-se a encolher os ombros e a repetir: 'foram só churrascos'. Enquanto o povo perde casas e vidas, o sistema perde apenas tempo — tempo suficiente para que os incendiários voltem à rua."
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