Em Portugal, pensar nunca foi apenas um exercício intelectual.
É um ato de coragem. É um gesto de resistência.
É, em muitos contextos, um crime não escrito — punido com o isolamento, a ridicularização ou a simples exclusão.


O País da Obediência

Vivemos num país onde obedecer é virtude e questionar é heresia.

  • O aluno que decora fórmulas é premiado. O que levanta dúvidas é "problemático".
  • O funcionário que baixa a cabeça avança. O que sugere alternativas é "inconveniente".
  • O político que segue a cartilha partidária cresce. O que ousa pensar de forma autónoma é expulso.

Assim se constrói uma sociedade onde a submissão é moeda de sucesso e o pensamento crítico é tratado como ameaça.


A Ditadura da Mediocridade

Portugal não reprime com censura oficial, mas com algo mais subtil: a cultura da mediocridade.

  • Quem ousa inovar é sufocado pela burocracia.
  • Quem ousa questionar é silenciado pela pressão social.
  • Quem ousa sonhar é ridicularizado pela inveja coletiva.

É um sistema que se protege a si próprio transformando o inconformista em pária e o conformado em modelo.


Pensar é Perigoso

Porque pensar é ver o que os outros fingem não ver:

  • A corrupção estrutural.
  • A incompetência que governa.
  • A decadência cultural e económica.

Pensar é denunciar o rei nu — e em Portugal, quem o faz arrisca-se a ser apedrejado por aqueles que preferem o conforto da ilusão.


Conclusão Satírica

Portugal é o país onde pensar é o último ato subversivo.
Não é preciso erguer bandeiras ou preparar revoluções — basta acender uma ideia.
Porque neste regime disfarçado de democracia, um cérebro aceso mete mais medo ao poder do que mil tochas apagadas.

Aqui, quem pensa não é cidadão — é resistente.


👉 Artigo de Francisco Gonçalves in Fragmentos de Caos.

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