A falência da "TAP má", declarada com dívidas de 1,35 mil milhões de euros e ainda uns 923 euros de IRS por pagar, é o retrato cru de como o Estado português transforma um buraco negro em "empresa estratégica".

Afinal, onde está o tão proclamado valor estratégico da TAP para os portugueses?
Vejamos:

✈️ Estratégico para os governos:
Um eterno mealheiro partidário, onde se despejam milhares de milhões à conta da "soberania nacional", apenas para garantir lugares nos conselhos de administração e consultorias douradas.

✈️ Estratégico para as elites financeiras:
Um hub de tachos e comissões, onde a cada resgate nascem negócios paralelos, bancos a lucrar com empréstimos e políticos a assegurar o seu "bilhete vitalício" em executiva.

✈️ Estratégico para o mito nacional:
Um discurso gasto que insiste que, sem a TAP, Portugal ficaria "isolado do mundo" — como se Lisboa fosse um atol perdido no Pacífico, e não uma capital servida por dezenas de companhias internacionais.

✈️ Estratégico para enganar o povo:
Porque afinal, o português comum não ganha nada com a TAP: paga mais caro os bilhetes, financia os resgates e, no fim, vê a companhia entregue de bandeja a privados estrangeiros.

E enquanto os milhões se evaporam em turbinas políticas, a justiça portuguesa regista no papel a grande afronta final: os 923 euros de IRS em atraso. Um detalhe que soa a comédia num guião de tragédia.

A TAP voa, sim — mas voa com o dinheiro dos portugueses.
O valor estratégico? Está em sustentar parasitas com asas de ouro, enquanto ao povo resta o assento na classe turística da mediocridade.


Artigo de Francisco Gonçalves in Fragmentos de Caos.

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