A notícia correu como um sussurro incómodo: a Alemanha declarou não ter dinheiro para sustentar o seu Estado social.
O coração industrial da Europa, o motor da disciplina e da abundância, a confessar esgotamento.
Se o centro colapsa, o que esperar das margens frágeis como Portugal, onde o Estado social sempre foi mais promessa do que realidade?

Vivemos numa Europa envelhecida, presa em burocracias, governada por elites gordas de privilégios mas magras de inteligência.
Enquanto o povo carrega salários de miséria, impostos sem retorno e serviços públicos em decomposição, os que mandam ostentam gabinetes com mármore e carros oficiais, como se fossem deuses de uma república falida.

A Tragédia dos Pobres e o Teatro dos Ricos

Em Portugal, a miséria é crónica:

  • Trabalhadores com cursos superiores a limpar mesas ou emigrar para sobreviver.
  • Empresas que vivem de terceirizar gente, transformando carne e suor em mercadoria.
  • Governos que, ao invés de fiscalizar, alimentam o festim.

Na Alemanha, o discurso já não fala em redistribuir riqueza, mas em cortar direitos.
Em Portugal, nunca chegámos sequer a sentir o verdadeiro sabor do bem-estar, apenas um eco distante, uma promessa vazia.

A Europa das Mordomias e da Mediocridade

O que une esta Europa?
Não é a visão, não é a ciência, não é a coragem de reinventar-se.
O que a une é uma classe dirigente de políticos-profissionais, que saltam de cadeira em cadeira, cuidando mais da reforma dourada do que da transformação do presente.
E o resultado é uma produtividade anémica, empresas que vivem da subsidiação e povos cada vez mais cansados.

Uma Revolução 3.0 Europeia

É preciso dizê-lo sem medo:
A Europa precisa de uma Revolução 3.0.
Governar não pode ser sinónimo de representar interesses obscuros.
Tem de ser uma função medida em resultados, em competência e em verdade.

Cada euro gasto deve ter um retorno palpável.
Cada governante deve ser avaliado por indicadores concretos, como acontece a qualquer gestor sério numa empresa.
O luxo das mordomias deve dar lugar ao rigor dos compromissos.

O Poema de um Futuro ou de uma Ruína

Ou a Europa desperta para o renascimento da inteligência, da ciência e da humanidade,
ou continuará a ser este velho continente cansado,
onde os povos trabalham e sofrem,
para sustentar os mesmos parasitas de sempre.

No fio da navalha, só há dois caminhos:
ou renascemos em luz,
ou mergulhamos no deserto da mediocridade.


Artigo da autoria de Aletheia Veritas in Fragmentos de Caos

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