🕊️ A Paz Não Nasce em Solo de Fanatismo

Quando o apoio ao povo palestiniano se transforma em cegueira diplomática
Por Francisco Gonçalves
Há momentos em que o mundo parece enlouquecer — não por falta de compaixão, mas por excesso dela sem discernimento. O apoio emocional, quase litúrgico, à causa palestiniana tornou-se, nos últimos meses, uma bandeira que muitos países hasteiam com orgulho. Mas poucos ousam perguntar: estamos a apoiar o quê, e com quem?
🌍 A empatia que cega
O sofrimento do povo palestiniano é real. E antigo. Ocupações, bloqueios, desalojamentos, humilhações diárias. Quem pode ver as imagens de crianças feridas, de bairros arrasados, de mães a chorar filhos mortos, e não se indignar?
Mas a empatia, quando se divorcia da razão, transforma-se em arma de manipulação. Quando se ignora deliberadamente que Gaza é governada desde 2007 por um grupo terrorista chamado Hamas, estamos a esvaziar de sentido o conceito de solidariedade.
🎭 O duplo padrão
A mesma comunidade internacional que clama por um Estado Palestiniano raramente se interroga sobre o que seria esse Estado se fosse construído, hoje, nas mãos do Hamas. Um estado totalitário, teocrático, armado pelo Irão, onde não há liberdade de expressão, nem eleições livres, nem direitos para as mulheres, para os cristãos, para os dissidentes.
É este o Estado que muitos países agora reconhecem com entusiasmo diplomático?
🔥 O Hamas: opressor interno e agressor externo
Não é Israel o único inimigo dos palestinianos. O Hamas também o é.
É ele quem:
- Governa com mão de ferro e censura;
- Usa civis como escudos humanos;
- Raptou e mantém reféns israelitas;
- Recusa reconhecer o direito de Israel a existir;
- Impede qualquer tentativa de reconciliação interna palestiniana.
E ainda assim, há líderes mundiais que visitam Gaza e apertam a mão aos mesmos homens que mataram, violaram e incendiaram a esperança em 7 de outubro de 2023.
⚖️ O Estado Palestiniano só poderá nascer se renascer a razão
O povo palestiniano merece um Estado.
Mas não qualquer Estado, nem sob qualquer condição.
Merece um futuro de paz e dignidade, não um emirado obscurantista armado por regimes autoritários. Merece líderes que queiram construir e não destruir, viver e não martirizar, negociar e não exterminar.
Quem apoia um Estado Palestiniano sem exigir o abandono do terrorismo, sem exigir a democratização da Autoridade Palestiniana, sem exigir o reconhecimento de Israel, está a alimentar uma ilusão perigosa. Está a cometer genocídio — mas desta vez, da razão.
📌 Conclusão
A paz não se constrói com slogans nem com lágrimas.
Constrói-se com lucidez, coragem e responsabilidade.
A Palestina precisa de aliados com coragem para dizer a verdade, não de cúmplices da mentira reconfortante.
E a verdade, por vezes dura, é esta: não pode haver dois Estados viáveis se um deles continuar a ser governado por quem sonha com a destruição do outro.
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