💸 Portugal: Onde as ordens do Banco de Portugal também causam prejuízo

Mais 14 milhões voam do Novo Banco — com o selo oficial da mediocridade institucional
Era uma vez um país onde os bancos não eram fiscalizados.
Depois vieram as crises, os resgates, os escândalos.
Então criaram-se regras, reguladores, e… continuou tudo igual.
O mais recente episódio?
Uma ordem do Banco de Portugal — suposto guardião do bom funcionamento financeiro —
obrigou o Novo Banco a refazer contratos de crédito pessoal celebrados entre 2019 e 2024.
Resultado:
📉 14 milhões de euros de prejuízo.
📌 Assumido pelo próprio banco.
📌 Resultado de uma "divergência" com o supervisor.
📌 E — claro — sem culpados visíveis.
🧾 O enredo kafkiano
Segundo o que se sabe:
- O Novo Banco praticava determinado modelo contratual.
- O Banco de Portugal entendeu, anos depois, que esse modelo era incorreto.
- Ordenou a sua correção retroativa.
- O Novo Banco teve de refazer contratos, devolver montantes, recontabilizar juros.
Conclusão: milhões perdidos.
Mas o mais impressionante?
💬 "Ainda há conversas." — dizem os envolvidos.
Conversa é tudo o que este país tem.
E responsabilidade é tudo o que lhe falta.
🧨 Uma história repetida até ao cansaço
Este episódio insere-se num padrão que já conhecemos:
- Supervisores que não supervisionam em tempo útil.
- Bancos que operam à margem das boas práticas, mas sempre com benevolência cúmplice.
- Quando há problemas? Corrige-se a posteriori, com prejuízos colossais — que ninguém assume.
🕳️ O buraco negro chamado Novo Banco
Recordemos:
O Novo Banco já consumiu mais de 3,4 mil milhões de euros dos contribuintes.
Foi vendido por tuta e meia ao fundo americano Lone Star, com direito a compensações adicionais do Estado.
E desde então, continua a gerar prejuízos, polémicas, e agora... ordens corretivas com perdas associadas.
Quantas empresas privadas sobrevivem a tantos disparates?
Nenhuma.
Mas o Novo Banco não é empresa privada — é herança tóxica de um sistema político e financeiro podre.
🧯 E o Banco de Portugal? Guarda ou cúmplice?
O regulador máximo do setor bancário português parece funcionar assim:
- É severo com os pequenos bancos.
- É compreensivo com os grandes.
- É cego com os políticos e seus interesses.
- E quando falha, em vez de pedir desculpa… emite nova diretiva.
✍️ Conclusão: Em Portugal, nem os guardiões guardam
Portugal vive num sistema onde até as ordens de quem devia proteger, provocam perdas.
E por isso, 14 milhões saem silenciosamente dos balanços...
Como quem perde umas moedas entre as almofadas do sofá.
O país continua — impávido e resignado —
a assistir a um jogo de sombras entre bancos ineficientes e reguladores cúmplices.
E o povo?
Paga — como sempre.
Um artigo da autoria de Augustus Veritas in Fragmentos de Caos
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