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– Ou como as alterações climáticas viraram palco de loucos, tarados e negociantes do carbono

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Introdução:

Vivemos tempos esquisitos.
O planeta aquece, os glaciares derretem, os oceanos sobem, mas o que sobe mesmo depressa são os lucros das empresas que vendem "soluções sustentáveis" em embalagens de plástico reciclado.

Em Portugal, essa vanguarda do absurdo climático, o cenário é ainda mais pirotécnico:
arde o país todos os anos, e em vez de combate ao fogo, o que se combate é o bom senso.
Entretanto, em Bruxelas, há sempre alguém a carregar mais um gráfico em Excel.

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Capítulo 1: As Florestas Morrem, os Negócios Florescem

Portugal tem 3,2 milhões de hectares de floresta.
Sabe o que mais tem?
2 milhões de hectares de eucaliptos — uma bomba de gasolina biológica.

Mas ninguém toca nos eucaliptos. Porquê?
Porque o lobby da celulose cheira a notas mais frescas que o pinhal da Malcata.
E enquanto a floresta autóctone morre e os carvalhos se extinguem, plantam-se novas linhas de combustível verde para os fogos de amanhã.

Tudo com selo de "produção limpa" e subsídio europeu, claro.

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Capítulo 2: A Indústria do Clima™

Os fogos ardem, e logo surgem:

• os especialistas de estúdio;
• os secretários de Estado com mangas arregaçadas;
• os fundos de emergência;
• e, claro, os consultores de "resiliência climática" a cobrar 750€/hora.

Porque hoje, mais que salvar o planeta, o importante é parecer que o estamos a salvar — com branding e KPI's.

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Capítulo 3: Crianças com Cartazes, Adultos com Contratos

Nas ruas de Lisboa, os miúdos de 12 anos seguram cartazes:

"Salvem o planeta!", "O futuro é nosso!", "Não há planeta B!"

E depois voltam para casa de carro a gasóleo, a ouvir os pais dizerem:

"Ah, isso é tudo culpa da China…"

Enquanto isso, os adultos — aqueles que deviam resolver alguma coisa — assinam contratos de milhões com empresas que prometem compensações de carbono em nome da floresta... que acabou de arder.

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Capítulo 4: Portugal Arde, Europa Sorri (Com Desconto de CO₂)

E o mais brilhante de tudo isto?
Portugal compensa emissões com os próprios incêndios.
Sim, os relatórios da UE dizem: "Portugal reduziu emissões".
Claro que reduziu — porque ardeu metade da vegetação que captava carbono!
É como dizer que alguém perdeu peso depois de perder um braço.

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Epílogo: O Clima é Real, o Palhaço é o Sistema

O planeta está mesmo em perigo.
Mas o perigo maior não são os miúdos com cartazes.
São os adultos com cargos, os lobistas com pastas, os governantes com negócios escondidos entre cinzas.

Portugal não precisa de mais discursos verdes.
Precisa de ações negras contra os crimes ambientais,
de um povo que não aplauda helicópteros — mas exija justiça para cada árvore perdida.

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Artigo de Augustus Veritas

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