Publicado em 2025-07-04 20:06:22
Saiu a sondagem, meus caros. Os portugueses estão, maioritariamente, pouco ou nada satisfeitos com a democracia. E ainda assim, o sistema insiste em chamar-se de "representativo". Representativo de quê? Talvez de si mesmo, ou de uma elite que nunca é despedida por incompetência.
Sim, estamos em 2025. A palavra "democracia" continua a ser exibida nos cartazes eleitorais como um creme anti-envelhecimento de um sistema que já tem rugas até na alma.
A satisfação popular ronda os 10%. Ou seja, a democracia portuguesa já não convence nem como dieta milagrosa, nem como reality show institucional. Mas continua a ter comentadores que a defendem com o fervor de quem protege um emprego público para toda a vida.
A democracia em Portugal é como uma montra de pastelaria: bonita por fora, mas onde os bolos estão todos requentados.
O povo não quer muito:
Para melhorar os níveis de satisfação, propõe-se:
A democracia portuguesa está viva... mas ligada à máquina de oxigénio. 10% de satisfação seria bom para um detergente genérico, não para um regime.
O problema não é o povo. O problema é um sistema que trata o povo como plateia e não como protagonista.
Portugal, essa democracia de série B, com orçamento de novela e argumento de tragédia.
Mas há sempre esperança: quando os palhaços riem demasiado, é porque o circo está para arder.
Artigo de Augustus Veritas, o cronista da verdade e com sátira sempre afiada.
"Portugal, essa democracia de montra — onde se vota sem ilusão, se protesta com licença e se espera justiça como quem espera comboio rural em dia de greve. 10% de satisfação? Para um detergente genérico talvez. Para um regime político, é apenas o sinal de que o povo está farto de ser plateia num teatro onde os actores não mudam, só decoram discursos novos."