A mentira repetida do "interesse estratégico" e o fardo que os portugueses já não deviam carregar

A TAP continua a ser apresentada como "estratégica", "fundamental para o turismo" e "instrumento de soberania".
Mas estas palavras, repetidas como mantras por políticos e comentadores do regime, já não convencem ninguém com dois dedos de testa e uma conta bancária esvaziada de tanto pagar impostos.

Porque a verdade nua e crua é esta:

Portugal não precisa da TAP para viver. Mas a TAP tem vivido às custas de Portugal.


✈️ O turismo não depende da TAP

Portugal é um dos destinos turísticos mais cobiçados da Europa — e não por causa da companhia aérea de bandeira.
É procurado pelo clima, cultura, comida, segurança e custo de vida.
Os turistas vêm — com TAP ou sem TAP.

As companhias low-cost dominam o tráfego aéreo nacional:

  • Ryanair, EasyJet, Transavia, Vueling e outras já transportam milhões de visitantes todos os anos.
  • O aeroporto do Porto é um exemplo claro: cresceu de forma extraordinária sem depender da TAP.
  • A maioria dos pacotes turísticos é organizada com operadores estrangeiros, que apenas precisam de slots e boas condições aeroportuárias.

💰 A TAP custa mais do que vale

Desde 2020, os contribuintes portugueses injetaram mais de 3,2 mil milhões de euros na TAP.
E o retorno? Quase zero.

Mesmo com um lucro de 54 milhões em 2023, estamos a falar de 1,7% do montante gasto.
Se um cidadão comum perdesse 98,3% do seu investimento pessoal, chamaria a isso falência.
Mas o Estado chama a isso "estratégia".


🤐 A TAP serve interesses — mas não os teus

A TAP tem sido uma máquina partidária:

  • Nomeações políticas atrás de nomeações,
  • Compras públicas sem escrutínio,
  • Viagens luxuosas, prémios internos, e uma opacidade escandalosa nas decisões de gestão.

É "estratégica" sim — mas para os que vivem do Estado, e não para os que o sustentam.


🌍 No mundo global de hoje, o céu não fica vazio

Quando companhias nacionais desaparecem noutros países, o mercado responde:

  • A Swissair faliu e foi substituída.
  • A Spanair desapareceu e os aeroportos espanhóis cresceram.
  • A Alitalia morreu, a ITA nasceu — e os turistas continuam a ir a Roma.

Portugal não ficará isolado sem a TAP.
Aliás, provavelmente terá melhores tarifas, mais rotas e mais concorrência.


🧠 Conclusão

Portugal pode e deve ter presença no ar.
Mas isso não exige manter viva uma companhia que se alimenta de dinheiros públicos como se fosse um ministério voador.

O país não morre sem a TAP.
Mas com ela a sugar o orçamento, a sabotagem continua.

E é o povo — sempre o povo — quem paga os voos dos senhores do ar.


Francisco Gonçalves
Crítico dos voos sem destino, observador de um país que tem tudo para levantar voo — se largar o lastro da mentira



"O país não morre sem a TAP. Mas com ela, continua a sangrar em silêncio.
Porque voar com bandeira no avião não justifica um buraco nos bolsos de quem nunca saiu do chão."

Fragmentos de Caos


🌌 Fragmentos do Caos: Blogue Ebooks Carrossel
👁️ Esta página foi visitada ... vezes.