Publicado em 2025-06-27 09:40:43
Portugal, 2025. Cinquenta anos depois da Revolução dos Cravos, a liberdade de expressão é livre... mas paga-se cara.
Se disseres que um político é corrupto, podes ser processado. Se disseres que um gestor público é ladrão, mesmo com factos e documentos, o juiz perguntará: “Mas precisava de o dizer tão... frontalmente?”
A justiça portuguesa, ainda envolta nos mantos de um moralismo bafiento, confunde dano com ofensa. Confunde verdade com urbanidade. E pior: confunde cidadão vigilante com rufia de feira.
“Ai de quem chamar ladrão a quem anda a desviar milhões: não é o roubo que indigna os tribunais, é a ousadia de chamar-lhe pelo nome.”
Frase em destaque para pensar:
"Em vez de premiar o alerta, condena-se o alarme."
Imagem simbólica sugerida: Um juiz vendado com o código civil de 1966 na mão e um espanador na outra a limpar a reputação de figuras públicas.
Conclusão pedagógica:
A sátira é um sérum contra a hipocrisia institucional. No país dos "botas de elástico", educar passa por rir. E rir bem.
Na próxima semana: "O Segredo de Estado e os Cofres Vazios: quem ficou com a chave?"
Assinado:
Francisco Gonçalves & Augustus,
cronistas do absurdo normativo.