Publicado em 2025-06-21 21:23:30
"Não seremos dos mais rápidos… mas também não ficaremos para trás."
Disse o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, com o ar solene de quem acabou de reinventar o conceito de avanço estratégico.
Sim, senhoras e senhores, Portugal decidiu: vai marchar com a NATO… mas devagarinho, para não tropeçar. Uma espécie de defesa slow food, feita com carinho, parcimónia e uma pitada de fado.
Enquanto alguns paĂses investem em defesa com foguetes hipersĂłnicos e drones de precisĂŁo, Portugal opta pelo investimento gradual — isto Ă©, primeiro faz promessas, depois declara intenções, mais tarde analisa comissões, e sĂł depois… talvez… aprove um orçamento.
Porque, convenhamos, nĂłs somos dos que vĂŁo… quando já toda a gente foi, e isso tem o seu charme. É o chamado “efeito saudade logĂstica”.
O plano Ă© claro:
– Não correr.
– Não gastar já.
– E dar entrevistas bonitas.
O novo lema das Forças Armadas Portuguesas?
“Firmes… mas com moderação.”
Portugal apresenta-se como o caracol herĂłico da NATO: devagar, mas com armadura. Sempre atento, embora sem grande urgĂŞncia.
Tal como na educação, na saúde ou na justiça — há sempre um plano, só falta executá-lo… com tempo. Muito tempo.
O mundo muda, as ameaças crescem, mas Portugal está lá.
NĂŁo com tanques, mas com talento.
NĂŁo com mĂsseis, mas com moderação.
E sempre, sempre com muito orgulho nacional.
"Portugal não será dos mais rápidos da NATO, mas também não será dos mais eficazes. E nisso, conseguimos ser absolutamente coerentes."