Liberdade ou Controlo?

Publicado em 2025-06-11 16:49:40

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A guerra silenciosa no mundo do trabalho

Durante décadas, o paradigma do trabalho assentou numa ilusão sagrada: a de que controlar é gerir, e que vigiar é liderar. O relógio, o cartão de ponto, o chefe sempre atento ao como, o processo elevado a dogma — tudo isto formou o altar de uma religião empresarial que ainda hoje persiste em muitas mentes atrasadas. Mas essa religião, meus senhores, está podre. E o incenso do controlo já não disfarça o cheiro a mofo do vosso modelo falido.

Quantos diretores, chefes e pseudo-líderes gastaram décadas a medir a forma e não o efeito? A punir a criatividade em nome da obediência? A confundir disciplina com produtividade e medo com respeito?

O problema não é novo, mas agora tornou-se insustentável.
Vivemos numa era em que o trabalho remoto, a automação, a colaboração descentralizada e a inteligência coletiva são a norma emergente — e não há chicote ou reunião inútil que os detenha. O mundo mudou, mas muitos gestores ainda vivem no século XX, agarrados à fantasia do controlo total. São como generais a dar ordens em trincheiras desertas, ignorando que os soldados já foram fundar startups.

A tua obsessão com o como já não interessa.
Queremos saber para quê.
Queremos saber o que entregaste.
Queremos saber quem impactaste.

Trabalhar das 9h às 18h deixou de ser sinónimo de produtividade.

Agora é, muitas vezes, sinónimo de prisão disfarçada de salário.

"Enquanto os gestores medem passos, o mundo avança em saltos."
"Enquanto se fixam nos formulários e nas regras, o talento voa para onde é ouvido."

O verdadeiro líder não quer clones. Quer equipas diversas, autónomas e vibrantes. Quer resultados, não presenças decorativas. Quer deliverables, não processos fúteis cheios de burocracia.

A guerra está em curso.
De um lado, a Liberdade: talento, responsabilidade, criatividade e propósito.
Do outro, o Controlo: desconfiança, microgestão, reuniões vazias e relógios-pastores.

E tu, gestor, em que lado estás?


Autoria de Francisco Gonçalves, testemunha de muitos anos em que hestores assassinaram impunenente o trabalho e a produtividade nas suas empresas.


"Enquanto os gestores medem passos, o mundo avança em saltos.
O tempo das máquinas humanas terminou. É tempo de confiar na inteligência e na vontade livre de quem trabalha com propósito.
A guerra silenciosa entre Liberdade e Controlo já começou. E tu, gestor, em que lado estás?"