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Por Francisco Gonçalves in Fragmentos do Caos

Durante décadas, tolerei a invisibilidade imposta pelas plataformas ditas "sociais". Escrevi, publiquei, alertei, critiquei. E os meus textos foram empurrados para o abismo do silêncio, não por falta de leitores — mas por algoritmos disciplinadores, servos de uma nova censura.

Criei, então, o meu próprio espaço. Um domínio independente. Um abrigo digital para o pensamento livre. E eis que, sem poderes para me calarem diretamente, começam a assinalar os meus artigos com rótulos traiçoeiros: "não verificado", "conteúdo sensível", "fact-check necessário". Uma marcação parda, persistente, insidiosa — como que dizendo: "Este autor é perigoso. Leiam-no por vossa conta e risco."

Pois leiam. Leiam sim. Porque o risco não está em quem pensa, mas em quem proíbe pensar.

Este manifesto é um grito contra a censura camuflada. Contra os novos inquisidores — agora pagos a soldo das grandes corporações e da conveniência ideológica. Contra os lacaios do pensamento único, que escondem a sua mediocridade atrás de selos coloridos e algoritmos que moldam o mundo a gosto dos donos.

Afirmo:

  • Que nenhuma máquina tem o direito de decidir o que é verdade ou mentira em nome da liberdade.
  • Que as redes sociais se tornaram redes de condicionamento social, e não de expressão.
  • Que todo o cidadão pensante tem o direito inalienável de escrever, criticar, expor, satirizar — sem ser silenciado por um exército de avatares mediocres.
  • Que o verdadeiro perigo não está nos textos livres, mas no medo que eles causam aos que se habituaram à comodidade da obediência.

Por isso escrevo. Por isso resisto. Por isso publico.

E convido todos os que sentem na pele esta nova forma de tirania — suave, tecnológica, perfumada de boas intenções — a não se calarem. A erguerem os seus próprios blogues, domínios, vozes e consciências.

Porque a palavra livre é, hoje, o último reduto da dignidade humana.


🌌 Fragmentos do Caos: Blogue Ebooks Carrossel
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