Publicado em 2025-05-20 19:57:25
1. Introdução
Portugal enfrenta, em 2025, um ponto de inflexão. Apesar de alguns sinais de crescimento moderado, persistem debilidades estruturais que limitam o potencial económico e comprometem a coesão social. Este documento identifica os principais obstáculos e propõe direções estratégicas para transformar a economia portuguesa, com foco na diversificação, produtividade e sustentabilidade.
2. Diagnóstico Atual
2.1. Produtividade Estagnada Portugal permanece entre os países com menor produtividade da União Europeia. Em 2023, a produtividade por trabalhador situava-se em cerca de 80,5% da média europeia. A rigidez institucional, o fraco investimento em I&D, e um sistema educativo ainda distante das necessidades do mercado contribuem para esta estagnação.
2.2. Turismo: Motor com Riscos O turismo representa aproximadamente 20% do PIB. Apesar de ter gerado 27,7 mil milhões de euros em receitas em 2024, esta dependência torna a economia vulnerável a choques externos (pandemias, conflitos geopolíticos, alterações climáticas). A concentração regional do turismo acentua desigualdades territoriais e contribui para a especulação imobiliária.
2.3. Imobiliário e Crise Habitacional O mercado imobiliário português regista uma das maiores subidas de preços na UE (+11,6% em 2024). O investimento estrangeiro e o alojamento local impulsionaram esta bolha, mas agravaram a exclusão habitacional e o endividamento das famílias. A habitação tornou-se um dos principais fatores de mal-estar social.
2.4. Baixo Investimento em Inovação e Reindustrialização A estrutura económica continua dependente de setores de baixo valor acrescentado. A indústria transformadora perdeu peso e o investimento em inovação permanece reduzido. A transição digital e energética avança, mas de forma assimétrica e pouco coordenada.
3. Eixos Estratégicos de Transformação
3.1. Reforçar a Produtividade com Conhecimento
3.2. Diversificar a Economia e Reindustrializar com Valor
3.3. Corrigir os Desequilíbrios do Turismo e do Imobiliário
3.4. Reformar o Estado e Modernizar a Administração Pública
3.5. Fortalecer a Justiça Económica e Fiscal
4. Conclusão Portugal tem os recursos, a inteligência e a posição geoestratégica para se reinventar. Mas precisa de coragem política, massa crítica e uma visão coletiva centrada no bem comum. O tempo das reformas adiadas terminou. O país precisa de uma viragem estratégica para deixar de ser refém do turismo, do imobiliário e da fé no milagre europeu — e tornar-se finalmente dono do seu destino económico.
“Acredito no destino, mas acredito ainda mais nas escolhas que fazemos.”
Autoria: Francisco Gonçalves & Augustus Veritas
Imagem cortesia da OpenAI (c)