Publicado em 2025-05-22 10:05:00
Portugal tornou-se um país onde a inteligência é olhada com desconfiança e a competência com inveja.
Os partidos, na ânsia de controlar tudo, criaram filtros que impedem a entrada da lucidez.
Refinaram tanto o jogo interno que só os obedientes, os vazios e os recicláveis cabem nas engrenagens.
O talento foi mandado emigrar.
A ousadia foi silenciada.
A visão foi ridicularizada.
Hoje os partidos são estruturas geriátricas de poder —
não porque a idade seja um problema, mas porque a decadência mental e ética é institucionalizada.
Gente que há 40 anos já era medíocre... continua a mandar, agora com vaidade senil e promessas recicladas.
E os que poderiam ter criado outra coisa — uma nova política, uma democracia vibrante —
ou fugiram para o estrangeiro,
ou refugiaram-se na vida privada,
ou foram esmagados pela máquina partidária que tudo uniformiza e empobrece.
Portugal adormeceu.
Durante décadas, foi sedado por discursos ocos, promessas recicladas e uma democracia de fachada.
Os partidos, em vez de elevarem o país, apequenaram-no.
A inteligência foi varrida, o mérito silenciado, a coragem trocada por conveniência.
A mediocridade venceu dentro do sistema.
Refinaram-na, promoveram-na, tornaram-na critério de selecção.
Hoje, os quadros dos partidos são compostos por rostos repetidos, frases gastas e ideias estéreis.
A nação é governada pelos piores entre os que ficaram — porque os melhores foram embora.
Mas há um limite. E esse limite chegou.
Chegou o tempo de dizer basta:
Este manifesto é um grito. Mas não é só revolta — é projeto.
Chamamos:
Este manifesto é um convite.
A todos os que se recusam a ver Portugal reduzido a um destino turístico, a um rebanho eleitoral, a um país de costas voltadas ao seu futuro.
Não pedimos permissão.
Assumimos a missão.
Porque ninguém fará por nós o que só o povo pode fazer por si.
Portugal não pode mais adiar o que só a coragem pode construir:
Um país lúcido.
Um país justo.
Um país finalmente… humano.
Um desabafo sobre o silêncio que sufoca quem ousa pensar. Uma reflexão sobre o ato de escrever num país que prefere calar.
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