Publicado em 2025-05-01 20:22:11
Portugal está a afundar-se numa onda silenciosa de falências.
E finge não ver.
O desemprego “baixo” em Portugal é um número bem penteado.
Esconde realidades incómodas:
E, sobretudo, esconde o colapso contínuo do tecido empresarial nacional.
Enquanto se festejam taxas fictícias, milhares de pequenas e médias empresas — a base da economia portuguesa — estão a fechar portas.
Porquê?
Porque:
E pior: quando uma PME morre, não é só uma empresa.
É uma família.
São vizinhos.
É uma aldeia ou bairro que perde dinamismo.
É um país que perde autonomia económica.
Portugal não cresce.
Sobrevive com transfusões da UE, turismo de massas e serviços low cost.
A indústria está estagnada.
A agricultura morre de abandono.
A inovação vive em silos académicos, longe do mundo real.
O que cresce mesmo é:
Se nada for feito para proteger e capacitar o tecido empresarial nacional, Portugal corre o risco de se tornar um país de empregados precários ao serviço de capital estrangeiro.
Sem empresas sólidas, não há soberania económica.
Sem empregos com futuro, não há jovens com raízes.
Sem coragem política para dizer a verdade, não há democracia saudável.
Portugal vive uma mentira confortável.
Mas os números não pagam salários.
As estatísticas não criam empresas.
E o desemprego “baixo” não vale nada se o país estiver economicamente moribundo.
Francisco Gonçalves
(Fragmentos do Caos)