Publicado em 2025-03-05 21:23:28
Desde que reassumiu a presidência dos Estados Unidos em janeiro de 2025, Donald Trump tem conduzido uma política externa marcada pelo afastamento dos aliados históricos e por uma surpreendente reaproximação com a Rússia. O seu estilo agressivo e imprevisível no cenário internacional ameaça a estabilidade global e poderá resultar em consequências graves para a posição dos EUA no mundo.
Trump já demonstrou, tanto no seu primeiro mandato (2017-2021) como agora, um ceticismo em relação às alianças multilaterais que sustentam a influência global dos EUA. Desde que regressou ao poder, tem intensificado a sua postura contra a NATO, questionando o financiamento da aliança e sugerindo que os EUA podem mesmo retirar-se do bloco.
Além disso, a sua administração tem seguido uma política comercial protecionista, afetando diretamente parceiros como a União Europeia, o Reino Unido, o Canadá e o México. Esta abordagem fragiliza relações fundamentais para os interesses económicos e geopolíticos dos Estados Unidos.
Um dos aspetos mais polémicos da política externa de Trump em 2025 é a sua aproximação a Vladimir Putin. Em várias ocasiões, tem minimizado a ameaça russa, sugerindo que uma parceria entre Washington e Moscovo poderá beneficiar ambos os países. No entanto, esta estratégia apresenta riscos significativos:
Se Trump realmente trocar os seus aliados tradicionais pela Rússia, os EUA podem acabar isolados e enfraquecidos a longo prazo.
Enquanto Trump rompe laços históricos, a China continua a expandir o seu poder global:
Se os EUA abandonarem os seus aliados tradicionais, a China terá ainda mais facilidade em consolidar a sua posição como potência dominante do século XXI.
Romper laços com a Europa, o Canadá, o México e o Reino Unido não é apenas um risco geopolítico, mas também um desastre económico.
O resultado poderá ser uma perda de competitividade global para os Estados Unidos e um aumento da influência económica chinesa.
Se Trump continuar nesta trajetória, o resultado será o enfraquecimento da posição global dos EUA. A fragmentação das alianças ocidentais e a tentativa de se alinhar com a Rússia poderão acelerar a ascensão da China e isolar os Estados Unidos a longo prazo.
A grande questão é: esta estratégia de Trump será um erro de cálculo ou fará parte de um plano maior? Se for um erro, as consequências poderão ser irreversíveis. Se for intencional, os EUA poderão estar a testemunhar o maior realinhamento geopolítico da era moderna – e não a seu favor.
Créditos para IA, chatGPT e DeepSeek (c)