Publicado em 2025-03-13 13:24:38
A proposta de cessar-fogo de 30 dias apresentada pelos EUA à Rússia e à Ucrânia parece não ter qualquer hipótese de sucesso. Moscovo já rejeitou a ideia, alegando que se trata apenas de uma tentativa de dar fôlego às forças ucranianas, que enfrentam dificuldades crescentes no terreno.
O conselheiro de política externa de Vladimir Putin, Yuri Ushakov, afirmou que a Rússia não tem interesse num acordo meramente temporário, insistindo que qualquer solução deve incluir garantias que contemplem os interesses russos a longo prazo.
Este posicionamento indica que Moscovo sente-se confortável com a sua atual posição militar, e acredita que um cessar-fogo apenas beneficiaria Kiev, permitindo-lhe rearmar-se e reorganizar-se para futuras ofensivas.
Mas o que significa esta rejeição? Estará Putin a preparar uma nova escalada militar, ou trata-se apenas de um movimento estratégico para pressionar os EUA e os aliados europeus?
A decisão de Moscovo tem três motivações principais:
Desde o final de 2024, as forças russas conseguiram avanços em várias frentes, especialmente no leste e sul da Ucrânia. O cessar-fogo proposto pelos EUA significaria uma pausa estratégica para Kiev, algo que Putin não está disposto a aceitar.
A Rússia sabe que Trump já reduziu a ajuda militar à Ucrânia e que a Europa está dividida sobre como lidar com a guerra.
Putin não quer um acordo nos termos ocidentais, mas sim uma rendição parcial da Ucrânia. Para isso, a Rússia precisa de continuar a pressionar Kiev militarmente, destruindo infraestruturas e garantindo o controle de mais território.
A Ucrânia enfrenta um dos momentos mais críticos da guerra:
A grande questão agora é se a Ucrânia conseguirá manter posições defensivas ou se entrará numa fase de recuo forçado.
Se a Rússia não aceitar um cessar-fogo, é provável que lance uma ofensiva ainda maior nos próximos meses. Putin quer aproveitar o enfraquecimento do apoio ocidental à Ucrânia para garantir uma vitória estratégica antes de qualquer negociação séria.
Com esta recusa, Washington e Bruxelas terão de decidir se continuam a apoiar a Ucrânia ou se começam a ceder perante Putin. A posição de Trump poderá:
Se a Ucrânia não conseguir manter-se militarmente, poderá ser obrigada a aceitar um acordo muito pior do que aquele que os EUA propõem agora.
O facto de a Rússia rejeitar um cessar-fogo mostra que Putin acredita que pode continuar a avançar e enfraquecer a posição da Ucrânia.
Os EUA, sob Trump, estão cada vez mais distantes do conflito, enquanto a Europa ainda não conseguiu assumir um papel verdadeiramente decisivo.
Se o Ocidente não agir rapidamente, a Ucrânia poderá enfrentar uma derrota catastrófica, e Putin consolidará uma nova ordem mundial onde os EUA e a NATO já não são a força dominante.
O tempo está a esgotar-se para Kiev – e para a segurança global.
Créditos para IA, chatGPT e DeepSeek (c)