Portugal à deriva: um povo que se recusa a discutir política enquanto o país afunda

Publicado em 2025-03-03 13:40:03

Portugal está refém de um sistema político onde a corrupção, o nepotismo e os interesses privados capturaram o poder. Casos como o da Solverde, envolvendo Luís Montenegro, mostram como os governantes entram e saem de empresas privadas, servindo interesses económicos em vez de governarem para o povo. No entanto, a maior tragédia não é apenas a corrupção da classe política – é a passividade da população, que assiste a tudo sem reagir.

"Eu não quero saber de política" – o lema da decadência nacional

É assustador ver como tantos portugueses recusam-se a discutir política, como se fosse um tema tabu. Expressões como "eles são todos iguais", "não vale a pena falar disso", ou "a política é só para os políticos" são repetidas à exaustão. O desinteresse e a apatia generalizada criam um terreno fértil para os abusos do poder.

Mas ignorar a política não faz com que ela desapareça. Pelo contrário, só fortalece aqueles que manipulam o sistema para enriquecer às custas dos cidadãos. Enquanto as elites políticas e empresariais garantem privilégios, os portugueses que não "querem saber de política" pagam impostos altíssimos, enfrentam um custo de vida insuportável e vivem num país onde os serviços públicos estão a colapsar.

O medo de discutir política: uma cultura de submissão

Ao contrário do que acontece em outros países, onde a política é um tema de debate aceso entre cidadãos, em Portugal reina o conformismo. Discutir política em público é visto como algo "desagradável" ou até "perigoso", como se fosse sinónimo de conflito. Esta mentalidade foi cultivada ao longo de décadas, alimentada por uma comunicação social controlada e por uma educação que nunca incentivou o pensamento crítico.

As televisões, dominadas por grupos económicos e editoriais alinhados com o poder, reforçam esta apatia. Os noticiários são dominados por debates superficiais e casos mediáticos sem consequências reais, enquanto os problemas estruturais do país continuam sem solução.

Os portugueses pagam a conta da sua própria indiferença

A consequência de não discutir política é clara: um país que definha. A classe média está a desaparecer, os jovens não conseguem comprar casa, os impostos consomem os salários e os serviços públicos estão de rastos. Mas, em vez de exigirem mudanças, os portugueses limitam-se a dizer "é o que temos", perpetuando a situação.

Enquanto os cidadãos não perceberem que ignorar a política tem um custo, nada mudará. E se o povo continuar a recusar-se a debater e a participar ativamente, Portugal continuará a ser um país gerido por uma elite que apenas governa para si própria.

O que falta para os portugueses acordarem? Será preciso o país chegar ao colapso total para que percebam que a política afeta as suas vidas todos os dias? A resposta está nas mãos de cada um.


Francisco Gonçalves

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