Publicado em 2025-03-11 09:47:35
A presidência de Donald Trump tem sido marcada por uma profunda desconfiança nas alianças internacionais, especialmente na NATO e na União Europeia. Desde que voltou à Casa Branca em janeiro de 2025, o seu discurso tornou-se ainda mais hostil à organização militar, sugerindo a possibilidade real de os Estados Unidos abandonarem a NATO.
Este posicionamento não só enfraquece a Europa, tornando-a mais vulnerável às ameaças externas, mas também coloca os próprios EUA numa posição de desvantagem geopolítica face à China e à Rússia. Trump está, voluntariamente, a entregar uma vitória estratégica a Putin e a Xi Jinping.
Desde o início do seu primeiro mandato, Trump demonstrou desprezo pela NATO, repetindo que os EUA estão a “gastar demasiado” na defesa da Europa. No seu segundo mandato, essa postura agravou-se:
O que parece ser uma exigência financeira pode, na verdade, ser um plano mais profundo para dividir a Europa, criando tensões internas entre os países que dependem dos EUA e os que preferem reforçar a defesa europeia autónoma.
Ao enfraquecer a NATO, Trump está a colocar os aliados europeus numa posição delicada, forçando-os a escolher entre continuar a depender de um parceiro cada vez mais instável ou investir rapidamente na sua própria defesa.
O grande vencedor da possível saída dos EUA da NATO seria Vladimir Putin. A Rússia tem procurado enfraquecer a aliança transatlântica há décadas, mas nunca esteve tão perto de alcançar esse objetivo.
Se a NATO perder o apoio militar dos EUA:
Putin nunca precisaria de lançar uma ofensiva militar direta contra a NATO. Bastaria esperar que Trump fizesse o trabalho por ele, retirando o compromisso de defesa dos EUA e deixando a Europa fragmentada.
Muitos dos apoiantes de Trump acreditam que abandonar a NATO economizaria dinheiro e permitiria que os EUA se focassem nos seus próprios interesses. No entanto, essa visão é curta e perigosa.
Sem a NATO, os EUA enfrentariam:
Os EUA não se tornariam mais fortes ao abandonar a NATO – pelo contrário, perderiam a sua posição de liderança no mundo.
Perante o colapso iminente da NATO, a União Europeia pode ser forçada a acelerar a criação de uma defesa autónoma. O recente plano de 800 mil milhões de euros para a defesa europeia pode ser o primeiro passo para um exército europeu unificado.
Se a Europa quiser resistir à pressão de Putin e à instabilidade trazida por Trump, precisará de:
A questão é se os líderes europeus conseguirão agir rápida e decisivamente antes que Trump destrua a NATO por completo.
O afastamento dos EUA da NATO não fortalecerá a América – irá enfraquecê-la e colocar em risco a segurança global.
Se Trump concretizar a sua ameaça, os EUA perderão aliados, a Europa ficará mais vulnerável, e Putin e Xi Jinping serão os grandes vencedores desta nova ordem mundial.
A história ensina que as grandes potências não caem apenas por guerras externas, mas por decisões erradas e isolacionistas dos seus próprios líderes. Trump está a preparar o caminho para esse declínio – e os EUA podem arrepender-se profundamente da destruição que ele está a causar.
Créditos para IA e chatGPT (c)